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Dividendos da Petrobras (PETR4) estão em risco com aumento da defasagem de preços?

14 jan 2025, 13:02 - atualizado em 14 jan 2025, 13:02
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Ações da RDOR3 também são recomendação de venda no day trade desta terça-feira (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

A defasagem de preços da Petrobras (PETR4) pode não afetar significativamente os dividendos e os resultados globais da empresa no curto prazo, disse o Goldman Sachs, que segue recomendando a compra das ações – a um preço-alvo de R$ 45,10, potencial alta de 22%.

Para o banco, as perdas nas operações de refino e venda de combustíveis (downstream) são compensadas pelos ganhos na exploração e produção de petróleo (upstream), desde que os preços da commodity permaneçam altos.

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O petróleo ganhou impulso devido à intensificação das tensões geopolíticas. Na última sexta-feira (10), os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra os produtores de petróleo russos, incluindo a Gazprom Neft, a Surgutneftegaz e 183 embarcações que transportaram petróleo russo. Essas medidas vêm sendo implementadas desde o início da guerra na Ucrânia, com o objetivo de limitar as receitas da Rússia utilizadas para financiar o conflito.

O preço do petróleo Brent subiu 14% desde o início de dezembro, enquanto o diesel e a gasolina avançaram 18% e 15%, respectivamente, em reais. No entanto, a Petrobras manteve os preços locais inalterados, resultando em uma diferença crescente entre os preços domésticos e as referências internacionais.

A Petrobras anunciou aumentos no preço da gasolina há 189 dias e do diesel há 384 dias. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a defasagem no preço médio nacional do Diesel A S10 é de 24%, enquanto a Gasolina A apresenta uma defasagem de 14%.

A companhia tem a prerrogativa de calcular a paridade internacional dos preços dos combustíveis com base na média anual, permitindo que mantenha os preços atuais por mais tempo.

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Impactos sobre a Petrobras

A defasagem de preços resulta em margens de refino mais apertadas, o que pode afetar negativamente os resultados do setor de downstream, diz o Goldman Sachs.

Se as margens de refino se mantiverem nos níveis atuais durante todo o trimestre, haverá um risco de queda de cerca de 7% no Ebitda ajustado consolidado da empresa para os três primeiros meses do ano, segundo o banco.

No entanto, o aumento dos preços do petróleo beneficia o setor de upstream da Petrobras, compensando as perdas no refino.

Se o preço médio do petróleo Brent aumentar para US$ 81/bbl, haverá um potencial de alta de 3% no Ebitda consolidado da empresa para o trimestre, mesmo considerando as margens de refino mais fracas, comenta a instituição.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.