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Dividendos da Petrobras (PETR4), Azul (AZUL4) e as empresas que mexem com o seu bolso

23 fev 2025, 16:00 - atualizado em 21 fev 2025, 19:00
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Para a teleconferência, o Goldman espera assuntos como alocação de capital (Imagem: iStock.com/Alison Calazans)

Os resultados do quarto trimestre engatam mais uma semana. E quem deve ser a grande estrela do período é a Petrobras (PETR4). A petroleira anuncia resultados com a expectativa de números mais fracos, já que houve queda de 10% da produção.

Mas os investidores estarão de olho mesmo são nos dividendos. A estatal, que paga parcelas trimestrais, poderá depositar US$ 2,4 bilhões (R$ 16,652 bilhões – com base no fechamento de terça), segundo cálculos do Goldman Sachs.

De acordo com o banco, a Petrobras (PETR4) deve anunciar ainda Ebitda ajustado de US$ 10,4 bilhões (R$ 59,162 bilhões – com base no fechamento de terça-feira) um pouco abaixo do consenso do mercado. Os números serão divulgados em 26 de fevereiro.

Para a teleconferência, o Goldman espera assuntos como alocação de capital, o que incluiria comentários sobre possíveis oportunidades de fusões e aquisições (M&A) em etanol (foco das discussões durante o plano estratégico do fim de novembro), e a uma leitura sobre futuros pagamentos de dividendos extraordinários.

E os dividendos extraordinários?

Apesar dos analistas acreditarem que a distribuição de dividendos extras junto dos lucros do ano possa ser uma possibilidade, dada a confortável posição de caixa da empresa, eles veem espaço para dividendos extras muito menores em relação aos anos anteriores, dado que os dividendos ordinários já devem cobrir a parte do FCF (fluxo de caixa livre) que estimam para esse ano.

“Modelamos 13% para FCF em 2025, enquanto os dividendos ordinários devem representar 11% de rendimento, em nossos números. Estimamos que a Petrobras poderia ter encerrado o ano passado com uma posição de caixa de US$ 12-13 bilhões, significativamente acima da posição de caixa mínima de US$ 6 bilhões definida no último plano de negócios”, explicam Bruno Amorim, Guilherme Costa e Guilherme Bosso.

Azul no vermelho?

Já a Azul (AZUL4) divulga o último balanço referente a 2024 na segunda-feira (24), e há muito no radar do mercado sobre a aérea: reestruturação das dívidas, possível fusão com a Gol (GOLL4), aumento de capital e risco de diluição para os acionistas.

A despeito de um 2025 mais desafiador no horizonte, no que diz respeito ao quarto trimestre de 2024 (4T24), a Genial Investimentos projeta um trimestre forte para a Azul.

“Apesar da continuidade da pressão cambial, com a forte valorização do dólar, esperamos que os números do trimestre sejam positivos, impulsionados pela demanda aquecida por passagens aéreas e um load (taxa de ocupação) médio elevado de 84,2%”.

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