Dividendos: Como saber quais ações pagam e como acompanhá-las?

Uma estratégia importante adotada por investidores mais experientes é investir em ações de empresas que pagam proventos aos acionistas. Receber dividendos é interessante por algumas razões.

Em primeiro, eles permitem ampliar os ganhos do investidor e também podem favorecer uma eventual valorização dos papéis.

Além do mais, podem ser reinvestidos para acelerar o acúmulo de patrimônio ou simplesmente ser utilizado como renda passiva.

O investidor menos experiente, porém, pode achar que qualquer ação resulta no pagamento de proventos. Mas não é bem assim.

Nem todas as companhias presentes na B3 — a bolsa de valores brasileira — distribuem seus lucros, pois essa é uma questão particular, que dependerá da estratégia adotada por cada empresa.

Em vez de pagarem proventos, algumas companhias optam por reinvestir o dinheiro que seria distribuído na própria empresa. Assim, elas podem ter mais capital para fazer investimentos internos, visando crescer e se desenvolver no setor em que atuam.

Por esse motivo, empresas menores e que ainda não são muito consolidadas no mercado, costumam distribuir proventos de maneira menos recorrente.

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As empresas maiores, que são mais sólidas e reconhecidas na área em que atuam, são aquelas que costumam fazer essa distribuição aos acionistas com mais frequência. Isso porque elas já estão mais consolidadas no mercado, precisando fazer menos investimentos em crescimento.

Dito desta forma parece simples identificar companhias listadas na Bolsa que distribuem dividendos. Mas não é porque o pagamento só é realizado se houver lucro. Então é preciso fazer um levantamento e, assim que estiver claro quais o fazem, começar a acompanhar o desempenho desses papéis.

E como escolher corretamente ações que oferecem este tipo de benefício? Comece avaliando o desempenho e o histórico da empresa, de modo a verificar se ela costuma ter lucro.

Contudo, é relevante considerar que o desempenho passado não garante resultado futuro na renda variável. O investidor também pode consultar a política da companhia sobre a distribuição de proventos.

Além dessas medidas, vale verificar o dividend yield (DY). Esse é um indicador fundamentalista que representa os dividendos distribuídos por uma empresa nos últimos 12 meses em relação à sua cotação. Por meio dele, é possível saber qual é o retorno do investimento na forma de dividendos.

Em geral, companhias com maior DY são melhores pagadoras de dividendos. Ainda, existem outros indicadores que podem ajudar na avaliação, como o Dividendo Payout (DP), que mostra o percentual de lucro líquido que a empresa repassou aos investidores.

Feito isso é necessário acompanhar esses benefícios com base nos ativos que fazem parte da carteira. É importante saber que o calendário da distribuição de proventos não é igual em todas as empresas.

Assim, cada companhia escolhe um dia e uma periodicidade específica para pagar esses benefícios. Logo, pode ser difícil conferir e saber com exatidão quando serão pagos os proventos de cada empresa existente na carteira e o valor do benefício.

Na prática, para acompanhar os recebimentos provenientes das ações, há dois caminhos principais a serem considerados.

O primeiro é por meio da Área do Investidor, na plataforma da B3. O segundo é por meio do banco de investimentos ou da corretora de valores onde o investidor tem conta. Há, no entanto, pessoas com pouca afinidade com o ambiente de navegação disponibilizados por estes canais, principalmente quando se tem conta aberta em mais de um lugar.

Uma forma de tornar essa jornada de acompanhamento mais simples e fácil de entender é por meio de plataformas especializadas que otimizam o processo, juntando em um único lugar todas as informações que o investidor precisa para acompanhar de forma precisa o andamento dos investimentos e das datas de pagamento dos proventos.

A vantagem do uso dessas plataformas é que elas acompanham o movimento dos papéis que compõem a carteira constantemente, permitindo ao investidor ter consciência do que está acontecendo e do que pode ocorrer futuramente.

Afinal, uma empresa lucrativa pode passar dificuldades e caminhar para uma situação em que não há lucro para ser distribuído. Nesse caso, conforme a estratégia é possível desfazer da ação no melhor momento e não apenas quando ela estiver muito desvalorizada.

Enfim, manualmente ou por meio de plataformas, o importante é não deixar de fazer os levantamentos necessários e os acompanhamentos das datas e das situações de cada empresa do portfólio. Tendo esse cuidado o investidor não terá do reclamar. Pelo contrário, seu capital vai crescer muito.