Carteira Recomendada

Dividendos: BTG troca Petrobras (PETR4) por ex-estatal em carteira para setembro; saiba o motivo

01 set 2022, 18:53 - atualizado em 01 set 2022, 18:53
Eletrobras
Além do valuation atrativo, o BTG chama atenção para a perspectiva de dividend yield crescente da tese de investimento da Eletrobras (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A carteira recomendada de dividendos do BTG Pactual largou a ação da Petrobras (PETR4) em setembro.

Embora ainda veja a Petrobras como uma opção “super barata”, o banco acredita que o risco eleitoral, dependendo do resultado das eleições, pode impactar o papel no curto prazo.

“À medida que entramos no último mês antes das eleições (o primeiro turno é 2 de outubro), optamos por reduzir a exposição da carteira a estatais (ainda mantemos BB [Banco do BrasilBBAS3] e Sabesp [SBSP3])”, explica.

Para substituir a estatal no portfólio, o BTG escalou a ação de uma empresa recém-privatizada: Eletrobras (ELET3).

Além do valuation atrativo, o BTG chama atenção para a perspectiva de dividend yield (rendimento do dividendo) crescente.

Segundo a instituição, existem alguns pontos que devem gerar ganhos de eficiência para a Eletrobras após a privatização. Dentre eles, os principais são:

  • redução do risco de interferência política;
  • otimização na estrutura de despesas de PMSO e organização corporativa;
  • fim do regime de cotas (o que abre espaço para que a Eletrobras possa comercializar energia a preço de mercado); e
  • possibilidade de negociação individual dos empréstimos compulsórios.

“Acreditamos que os riscos de judicialização, ou até de reestatização, são bem baixos – principalmente devido ao modelo de Corporation pós privatização (limitando o poder de voto de todos os acionistas) e o poison pill (protegendo os investidores de potenciais aquisições hostis)”, comenta o BTG.

O banco acredita que, privatizada, a elétrica ganhará cada vez mais relevância em termos de liquidez e deve se transformar em uma potencial pagadora de bons dividendos.

“Temos uma projeção de dividend yield de 11,9% para 2023 e 17,6% para 2024″, diz.

O BTG tem preço-alvo de R$ 62 para a ação.

Troca entre teles

A carteira de dividendos do BTG também teve uma troca entre ativos do setor de telecomunicações. A Vivo (VIVT3) deixou a composição. No lugar, foram incluídas as ações da TIM (TIMS3), que está mais descontada (3,6 vezes valor da empresa sobre Ebitda para 2022, ante 6,5 vezes dos pares globais).

Com expectativa de boas sinergias vindas da aquisição da Oi Móvel, maior geração de caixa e mais dividendos, o BTG reforça a recomendação de compra da ação da TIM, que é top pick no setor.

A carteira teve retorno de 10,08% em agosto, superando tanto a valorização de 4,27% do Índice de Dividendos (IDIV) quanto os ganhos de 6,16% do Ibovespa.

Confira as indicações da carteira para setembro:

Empresa Ticker Peso Dividend yield estimado 2022 Dividend yield estimado 2023
Bradesco BBDC4 10% 6,1% 6,7%
Alupar ALUP11 10% 6,1% 9%
Eletrobras ELET3 10% 7,6% 11,9%
SLC Agrícola SLCE3 10% 5,7% 10,5%
Sabesp SBSP3 10% 2% 2,2%
Itaú ITUB4 10% 4,2% 5,4%
Cosan CSAN3 10% 2,1% 2,6%
TIM TIMS3 10% 4,7% 4,4%
Minerva BEEF3 10% 5,9% 5%
Banco do Brasil BBAS3 10% 9,5% 10,9%

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.