Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) é a ação campeã de indicações em julho, segundo 20 corretoras; veja as 10 mais recomendadas
O Banco do Brasil (BBAS3) é a ação mais indicada em julho para buscar dividendos, segundo levantamento feito pelo Money Times, que reuniu as carteiras de proventos feita por 20 bancos e corretoras. O ranking é seguido por Telefônica Brasil (VIVT3) e Petrobras (PETR4), ambas com 11 indicações. Foram 45 papéis indicados em um total de 149 recomendações.
A instituição financeira já havia despontado em primeiro lugar em junho, em um momento em que o mercado avalia que há uma deterioração das expectativas macroeconômicas, mas com resiliência dos ativos de risco – com os preços já deprimidos em muitos casos. Segundo a Ágora Investimentos, o Ibovespa negocia próximo de 7x os lucros projetados (o múltiplo P/L), um valor quase 2 desvios-padrões abaixo da média dos últimos 10 anos.
O banco Safra, que indicou o Banco do Brasil em julho, destacou que a instituição tem um perfil defensivo de carteira de crédito, com maior exposição ao agronegócio. “Esperamos que o banco mantenha o bom fluxo de pagamento de dividendos“, escreveram os analistas.
O Santander chamou a atenção para a estrutura de captação mais barata da instituição em relação aos pares e a gestão de fundos do setor público com taxas atrativas. Para o Santander, o Banco do Brasil fechou o gap de rentabilidade com os pares privados. “O próximo passo é estreitar o gap de valuation”, disse.
Os analistas do banco ainda salientaram que, mesmo em caso de piora do cenário macroeconômico, o Banco do Brasil está em uma posição boa, dada a sua exposição ao setor do agronegócio. “Isso também deve ser positivo quando se considera a qualidade dos ativos (inadimplência), que esperamos ser controlado ao longo de 2024”.
O BTG lembrou o forte histórico do BB na entrega do guidance e a mensagem da administração de que o banco não está no pico de lucros.
O que os analistas dizem sobre o restante do pódio de dividendos
Telefônica Brasil e Petrobras completam o pódio do mês no levantamento do Money Times. Segundo os analistas da Terra Investimentos, a principal tese de investimento da Telefônica Brasil está centrada na expansão da infraestrutura de fibra óptica, aliada ao que eles avaliam como robusta geração de fluxo de caixa livre – que se traduz em distribuição de dividendos atrativos ao longo de 2024.
“Essa perspectiva é impulsionada pelo crescimento acelerado dos negócios de fibra, controle eficiente de custos e resiliência demonstrada no segmento móvel”, disseram.
Para o BTG Pactual, maiores investimentos da Petrobras, sinalizados pela companhia, não devem impactar na distribuição substancial de dividendos.
“Em um cenário plausível em que a Petrobras investe 20% menos do que seu guidance e assumindo US$ 2 bilhões em fusões e aquisições, a ação ainda oferece um dividend yield de 12% (ou 17% incluindo dividendos extraordinários), um desconto significativo em relação a seus pares”, escreveram os analistas do banco.
Empresas | Indicações |
---|---|
Banco do Brasil (BBAS3) | 14 |
Vivo – Telefônica Brasil (VIVT3) | 11 |
Petrobras (PETR4) | 11 |
Vale (VALE3) | 9 |
BB Seguridade (BBSE3) | 9 |
CPFL (CPFE3) | 8 |
Itaú Unibanco (ITUB4) | 5 |
Cemig (CEMIG3) | 5 |
Tim (TIMS3) | 5 |
Bradespar (BRAP4) | 5 |
Participaram do levantamento: Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, CM Capital, Daycoval, Empiricus Research, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Itaú BBA, My Cap, Nova Futura, PagBank, Planner, Rico, Safra, Santander, Terra, Toro e XP Investimentos.