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Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3), Vale (VALE3) e outras apostas da Ágora para julho

29 jun 2022, 11:43 - atualizado em 29 jun 2022, 11:43
Banco do Brasil
A Ágora elevou as estimativas para o Banco do Brasil (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Para o mês de julho, a Ágora Investimentos não realizou nenhuma alteração na carteira recomendada de dividendos.

Contemplam o portfólio os papéis de Banco do Brasil (BBAS3), Vale (VALE3), Cemig (CMIG4), Vibra Energia (VBBR3) e Tim (TIMS3).

Empresa Código
Banco do Brasil BBAS3
Vale VALE3
Cemig CMIG4
Vibra Energia VBBR3
Tim TIMS3

No segmento bancário, após a divulgação dos resultados do 1T22 do Banco do Brasil, a Ágora atualizou a recomendação dos papéis da estatal de neutra para compra.

Os resultados do 1T22 apresentaram uma perspectiva positiva, “onde a instituição deve conseguir manter um baixo custo de risco, devido à sua carteira de crédito mais defensiva, que tem menor exposição a pessoas físicas em comparação com seus pares, enquanto seu resultado com intermediação financeira deve melhorar com as taxas de juros mais altas, levando a uma expansão mais rápida dos lucros em 2022 e 2023″, destaca a corretora.

A Ágora espera que o banco reduza a diferença de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) em relação aos pares
privados, enquanto o valuation mostra desconto em relação à média histórica e aos pares privados.

“Por fim, elevamos nossas estimativas de lucro líquido em 12%, em média, para os próximos dois anos, e aumentamos nosso preço-alvo em 13%, para R$ 45”, completa.

Vale e Cemig

Na visão da Ágora, o ambiente de preços do minério de ferro acima da média deve continuar sustentando a saudável
geração de caixa da Vale, a US$ 16 bilhões e US$ 12 bilhões em 2022 e 2023, respectivamente, se traduzindo em forte remuneração aos acionistas de mais de 20% (entre dividendos e recompras de ações).

“Nos níveis atuais, vemos a Vale negociando ao redor de 3,5x o múltiplo EV/EBITDA (valor da empresa sobre Ebitda) para 2023, contra o nível de 4,5x que consideraríamos justos para este momento do ciclo”, acrescenta.

Para a Cemig, a corretora enxerga o papel como ainda descontado, levando em conta a estimativa de taxa de retorno interno (TIR) implícita real em cerca de 10% e gatilhos de curto prazo (reestruturação do plano de previdência e eleições para o governo estadual em Minas Gerais, que pode levar novamente a negociações de privatização).

O preço-alvo da Ágora para os papéis da Cemig é de R$ 14 para 2022. A companhia oferece expectativa de retorno via dividendos, com rendimento projetado em cerca de 7% neste ano, segundo a corretora.

Vibra Energia e Tim

Em relação à Vibra Energia, a Ágora diz estar confiante na estratégia da companhia em implementar seu plano de crescimento e diversificação no longo prazo.

Dentro do setor de distribuição de combustíveis, a corretora tem preferência pela Vibra pelos seguintes motivos:

  • maior exposição à distribuição de combustíveis entre seus pares;
  • verem os papéis negociando em cerca de 9,0x o múltiplo P/L para 2023;
  • com a aquisição do Comerc, o fluxo de caixa ao acionista e os dividendos devem melhorar à frente.

Para a Tim, a Ágora vê a companhia oferecendo atualmente uma relação de risco-retorno mais atrativa, tendo em vista um valuation mais descontado e maior potencial de valorização com a incorporação dos ativos móveis da Oi (OIBR3) nos próximos trimestres.

“Vemos a TIM sendo negociada com um múltiplo EV/EBITDA para 2022 mais atraente vs. Vivo (VIVT3), e assim mantemos nossa recomendação de compra”, explica a corretora.

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