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Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) que se cuide; Itaú (ITUB4) está na rabeira, destaca analista

05 fev 2024, 21:11 - atualizado em 05 fev 2024, 23:45
Itaú
“Ele se consolidou como o principal banco privado em termos de resiliência”, destaca analista (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

O Itaú (ITUB4) demostrou, novamente, a sua capacidade de entregar resultados de encher os olhos. Entre outubro e dezembro, o banco lucrou R$ 9,4 bilhões, alta de 22,6% em relação ao mesmo período de 2022.

De acordo com Matheus Nascimento, da Levante Investimentos, os resultados do bancão foram positivos, com performance interessante ante os outros bancos no setor.

“Ele se consolidou como o principal banco privado em termos de resiliência, qualidade dos números e qualidade da carteira de crédito”, destaca Nascimento.

Ele afirma que a rentabilidade veio dentro do esperado. Além disso, o Itaú conseguiu o feito de manter o ROE (retorno sobre o patrimônio) acima de 20%. “Super positivo”, resume.

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Dividendos e programa de recompra

Para o analista, a aprovação de mais dividendos, no valor de R$ 1,15 por ação, e recompra de ações de até 75 milhões de papéis, aproxima o banco de outros grandes pagadores de dividendos da bolsa, como o Banco do Brasil (BBAS3) e da BB Seguridade (BBSE3).

“Com esses programas de recompras de ações, deve levar o banco ao nível de retorno de 10% nesse ano, o que é super positivo. O Itaú é um banco interessante para quem pensa em tese de dividendos, perto do desempenho de Banco do Brasil e BB Seguridade”, coloca.

Sobre o guidance (projeções), o analista destaca que os números apontam para uma desaceleração em 2024, considerando que 2023 foi um ano de forte crescimento.

“A mensagem até esse momento é que o Itaú tente a ter um ano positivo em 2024, mas talvez não em um ritmo de crescimento tão pesado quanto foi em 2023”, argumenta.

Ainda segundo o analista, se isso se materializar, pode indicar um ano com níveis de lucratividade menores, mas que, por outro lado, manterá o ritmo de qualidade.

O Itaú espera que sua carteira total de crédito cresça entre 6,5% e 9,5%. Como comparação, no acumulado do ano passado, a carteira ajustada aumentou 3,1%, chegando a R$ 1,2 trilhão. Estão incluídas, nesta conta, as garantias financeiras prestadas e títulos privados.