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Dividendos: As ações que pagarão bons proventos em 2023, segundo Empiricus

26 dez 2022, 17:46 - atualizado em 26 dez 2022, 17:46
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Petrobras é grande interrogação para 2023 no quesito “dividendos” (Imagem: Pixabay/Lucas Miranda)

2022 foi o “ano dos dividendos” e, para 2023, as expectativas continuam altas, afirma Richard Camargo, analista da Empiricus.

O grande destaque deste ano foi a Petrobras (PETR3; PETR4). A empresa distribuiu recordes históricos de dividendos. Mesmo com o ruído político desde as eleições, o retorno total — que considera o preço da ação e os dividendos — foi de aproximadamente 44% no ano.

Se 2023 for um ano realmente defensivo, com os investidores focados em valuations atrativos e negócios sólidos, as empresas devem incorporar o espírito de boas pagadoras de proventos, diz Camargo.

O analista destaca que, a depender da força da reabertura da economia chinesa, as empresas de commodities podem se destacar entre as principais pagadoras de dividendos. No setor, Gerdau (GGBR4) e Vale (VALE3) são players que devem se beneficiar desse cenário.

Além disso, o segmento de utilities, especialmente as empresas de geração e transmissão de energia, costuma ser destaque de proventos.

As melhores pagadoras de dividendos para 2023

Para a Empiricus, as ações favoritas no quesito “dividendos” para 2023 são, em ordem de preferência: BB Seguridade (BBSE3), Gerdau e Eletrobras (ELET3).

BB Seguridade

O analista da casa de análises afirma que a BB Seguridade é uma das melhores recomendações deste ano, com valorização de 76% desde o início de 2022 até 22 de dezembro.

“Os números operacionais da BB Seguridade têm vindo muito sólidos em seguros, com o volume de prêmios crescendo nos principais segmentos, especialmente no agronegócio. As outras verticais, como os negócios de previdência e a corretora de valores, também performaram bem neste ano”, diz Camargo.

Além disso, ambientes de juros altos como o atual, também previsto para 2023, permitem que as seguradoras sejam ainda mais lucrativas por terem portfólios bastante concentrados em renda fixa.

A Empiricus estima um dividend yield acima de 8% para BBSE3 em 2023.

Gerdau

De acordo com Camargo, da Empiricus, a Gerdau é um dos “cases de turnaround no Brasil mais bem sucedidos da última década”.

Nos últimos anos, ela passou por um processo de melhora de governança, uma “desalavancagem brutal” e um racionamento dos seus ativos. Devido à desalavancagem e melhoria operacional, em 2021, a empresa distribuiu R$ 13,8 bilhões e, até o terceiro trimestre de 2022, entregou R$ 13,7 bilhões.

Nos próximos anos, espera-se que a Gerdau ajuste sua política de dividendos, aumente o payout — hoje em 30% — e se consolide como uma das grandes pagadoras de dividendos da B3.

Eletrobras

A Empiricus elege Eletrobras como uma aposta mais ousada, pois, apesar da vocação, ela ainda não é uma das grandes pagadoras de dividendos da Bolsa brasileira.

“Agora privatizada, nossa expectativa é de que a ELET passe por um enorme choque de gestão nos próximos dois anos e isso traga um impacto brutal em sua rentabilidade e, por consequência, nos seus dividendos”, afirma Camargo.

O analista ainda diz que a quantidade de ineficiências existentes na empresa fazem com que haja muito espaço para melhora operacional.

Para 2023, espera-se um dividend yield em torno de 4,5%, mas a Empiricus vê potencial dessa porcentagem superar os dois dígitos em poucos anos.

Petrobras vai pagar bons dividendos em 2023?

A maior pagadora de dividendos de 2022, Petrobras, é também a grande interrogação para 2023.

Na análise da Empiricus, em termos operacionais, a estatal teria tudo para repetir a performance no próximo ano.

O ponto, no entanto, é se o novo governo vai de fato implementar mudanças em sua política de investimentos, com impacto direto no que sobra para distribuir em dividendos aos acionistas.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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