Dividendos: As ações candidatas a uma rodada extra de proventos
Com a implementação da reforma tributária possivelmente levando mais tempo do que inicialmente esperado, o governo pode optar por acelerar a legislação sobre a tributação de dividendos, avaliou o BTG Pactual.
Para o banco, algumas empresas poderiam pagar proventos extraordinários antes da implementação da mudança que visaria trazer mais receitas ao governo.
Segundo o BTG, em relatório assinado por Carlos Sequeira e equipe, são os maiores pagadores de dividendos os setores de serviços públicos, imobiliário, mineração e siderurgia, bens de capital e óleo e gás.
No setor de serviços públicos, Sanepar (SAPR11), Cteep (TRPL4), Copasa (CSMG3) e Eletrobras (ELET3) destacam-se como potenciais candidatos a dividendos extraordinários significativos devido à sua alavancagem relativamente baixa, disse.
No setor imobiliário, Cyrela (CYRE3) e Eztec (EZTC3) chamam a atenção, afirmou o banco. Em mineração e siderurgia, o BTG destacou Usiminas (USIM5) e a Gerdau (GGBR4) como potenciais fortes pagadores de dividendos.
Em bens de capital, Randon (RAPT3) e Marcopolo (POMO4) também se destacam, disse. Petrobras (PETR4), TIM (TIMS3) e SLC (SLCE3), de acordo com os analistas, também merecem destaque.
Para identificar quais empresas poderiam pagar dividendos extraordinários significativos, o banco analisou os lucros acumulados.
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R$ 508 bilhões em dividendos
O rendimento médio de dividendos extraordinários das 20 principais pagadoras em potencial está acima de 50% do lucro, segundo o BTG.
“No entanto, muitos desses players precisariam aumentar a alavancagem para (o que acreditamos ser) níveis insustentáveis, o que obviamente restringiria sua capacidade de aumentar a remuneração dos acionistas”, disse.
Segundo o BTG, com um aumento da alavancagem de 1,5x para 2,1x dívida líquida/Ebitda para 2023, as cerca de 120 empresas analisadas teriam capacidade de distribuir R$ 508 bilhões em dividendos extraordinários, levando a um dividend yield de 18%.