Dividendos, alto ROE e exposição ao dólar: As ações preferidas do Itaú BBA após o pacote do governo

(Imagem: Getty Images/Canva)

O Itaú BBA ajustou a lista de ações brasileiras recomendadas, destacando uma preferência por carry (dividend yield, retornos reais de dois dígitos e proteção contra inflação), alto ROE (retorno sobre patrimônio) e exposição cambial.

O banco citou a expectativa de um ciclo de aperto monetário, menor crescimento do PIB e inflação mais alta, após a divulgação do pacote de corte de gastos do governo que incluiu a isenção do Imposto do Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

• LEIA MAIS: Segundo o BTG, esta ação de exportadora pode se beneficiar do dólar a R$ 6 e pagar dividendos atrativos em 2024 e 2025.

As principais novidades na “Brazil Buy List” são:

Inclusão de Caixa Seguridade (CXSE3) e Grupo Mateus (GMAT3): Ambas as empresas foram adicionadas tanto à “Brazil Recommended Portfolio”, a carteira ampla com 28 ações, quanto à “Brazil Buy List”. Para o Itaú BBA, a Caixa Seguridade se destaca por seu alto dividend yield e a resiliência de seus lucros, enquanto o Grupo Mateus se beneficia do crescimento do consumo nas regiões Norte e Nordeste do país.

Elevação de Sabesp (SBSP3), BTG Pactual (BPAC11) e Petrobras (PETR4) para “Top Picks”: Essas empresas já faziam parte da carteira ampla, mas foram promovidas à categoria de “Top Picks”, refletindo a maior convicção dos analistas em relação ao seu potencial de valorização. Segundo o Itaú BBA, a Sabesp se beneficia da privatização recente e do plano de investimentos, o BTG Pactual se destaca por sua capacidade de crescimento e o potencial de valorização em um cenário de juros mais baixos, e a Petrobras oferece um dividend yield atrativo e se beneficia da alta do petróleo.

Remoção de Eletrobras (ELET3), GPS (GGPS3), PRIO (PRIO3), Bradesco (BBDC4) e B3 (B3SA3) da lista de “Top Picks”: Embora essas empresas continuem presentes na “Brazil Recommended Portfolio”, elas deixaram de figurar entre as 10 ações com maior convicção de investimento. A saída da Eletrobras da lista está relacionada à redução do potencial de valorização após a privatização. A GPS e a PRIO, apesar de ainda serem consideradas empresas de qualidade, podem ser impactadas pelas incertezas em relação ao setor de petróleo e gás. Bradesco e B3, por sua vez, podem ser afetadas pelas perspectivas menos otimistas para o setor financeiro, avaliou o Itaú BBA.

Veja a “Brazil Buy List” do Itaú BBA