Dividendos: Ação que caiu demais deve entregar altos rendimentos, diz BTG
A ação da Gerdau (GGBR4), que caía 15% no acumulado do ano até o último fechamento, segue com fundamentos robustos, disse o BTG Pactual. O banco reiterou a recomendação de compra para ação a um preço-alvo de R$ 39, o que representa um potencial de alta de 60%.
Ao contrário de Vale (VALE3), CBA (CBAV3), Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11), a Gerdau não passou por um ciclo de rebaixamento de lucros, ponderaram os analistas do banco, em relatório assinado por Leonardo Correa e Caio Greine.
O primeiro trimestre de 2023 rendeu resultados acima do esperado e, disse o BTG, a empresa deve chegar ao Ebitda de R$ 15,5-16,5 bilhões em 2023.
“Embora as preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos tenham pesado sobre o estoque, a visibilidade dos resultados para os próximos trimestres continua alta e positiva”.
As operações na América do Norte têm impulsionado a maior parte dos ganhos da empresa, com margens sustentadas perto dos níveis de 30%.
No Brasil, destacaram os analistas, o período de baixa rentabilidade provavelmente já passou, apesar dos desafios contínuos de aumento de preços devido às fracas condições de demanda.
Dividendos da Gerdau
A Gerdau é negociada a apenas 3x o Ebitda para 2023 e oferece um rendimento de fluxo de caixa livre de cerca de 20%, disse o BTG.
O banco afirmou não ver mudanças no perfil de capex da empresa no médio prazo, com desembolsos estimados entre R$ 5-6 bilhões/ano.
“Isso basicamente implica que haverá bastante geração de caixa para distribuir este ano, com um rendimento de dividendos perto de 15% ou mais, em nossos cálculos”.
As ações da Gerdau subiam 1,95% por volta das 13h desta segunda-feira (22), a R$ 24,55.