Carteira Recomendada

Dividendos: 5 ações para investir em julho e buscar retornos de até 9,9%, segundo a Ágora

01 jul 2024, 12:47 - atualizado em 01 jul 2024, 12:47
dividendos
Ágora manteve mesma composição em carteira recomendada de dividendos para julho (Imagem: Pixabay/ StockSnap)

A Ágora Investimentos não promoveu mudanças em sua carteira recomendada de dividendos para julho. Permanecem no portfólio: BB Seguridade (BBSE3), Cemig (CMIG4), Itaúsa (ITSA4), Vivo (VIVT3) e Vale (VALE3).

Os analistas apontam que a composição atual da carteira é adequada para atravessar o mês permeado por baixo ânimo entre os investidores locais, refletindo dúvidas e incertezas causadas pelo fiscal, juros e cenário geopolítico.

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“Mesmo diante de uma deterioração nas expectativas macroeconômicas e um ambiente tecnicamente desfavorável para a alocação na renda variável (em função da saída de recursos de investidores chave, como os estrangeiros), temos visto uma certa resiliência dos ativos — muito provavelmente em função dos preços já muito deprimidos”, ponderam.

Em junho, a carteira de dividendos teve desempenho positivo de 1,7%, contra avanço de 0,4% do Ibovespa (IBOV). A expectativa de retorno médio via dividendos é de 9,0% para 2024.

BB Seguridade

Os analistas da Ágora destacam que as ações de BB Seguridade seguem oferecendo um rendimento atrativo de dividendos, em torno de 10% para o ano.

Recentemente, a companhia anunciou que irá distribuir R$ 2,7 bilhões em proventos, referentes ao lucro líquido do primeiro semestre de 2024. No entanto, o valor por ação e datas de pagamento ainda não foram informados.

Para a Ágora, esse cenário pode ser considerado um “colchão” de segurança, especialmente em um contexto de aversão ao risco.

Cemig

Sobre Cemig, os analistas comentam que se trata de uma empresa estatal muito bem administrada e veem espaço para aumento dos dividendos do exercício fiscal de 2024.

“Recentemente, a Cemig vendeu sua participação de 45% na Aliança Energia por R$ 2,7 bilhões para a Vale, o que por si só isso gerará um rendimento de dividendos adicional de 3%, elevando o rendimento total de dividendos do ano para pelo menos 10,5%”.

A Ágora lembra ainda que pode haver uma segunda etapa de aumento de dividendos se a Cemig negociar com sucesso uma redução de sua provisão de plano de saúde no segundo semestre de 2024, o que implicaria um rendimento adicional de quase 2%, levando o total de 2024 para quase 13%.

“Isso tornaria o rendimento de dividendos de 2024 da Cemig o mais alto em nossa cobertura, ao mesmo tempo que manteria a alavancagem contida (sem risco para os covenants de dívida)”.

Itaúsa

As discussões sobre as alterações nos juros sobre capital próprio (JCP) são cruciais para a tese de Itaúsa, dizem os analistas da Ágora. Isso porque eliminariam algumas ineficiências fiscais e contribuiriam para a redução do desconto que as ações apresentam em relação ao valor de mercado da participação em suas investidas.

“Até que isso ocorra, os dividendos do Itaú Unibanco continuam sendo um grande impulsionador para as ações, além de proporcionarem algum nível de proteção aos investidores”.

Vale

A Vale vem sendo pressionada pelo minério de ferro, que enfrentou um início de ano desafiador.

Os analistas veem nas medidas anunciadas pela China para reparar o abalado mercado mobiliário potencial para reaquecer o mercado local e, como consequência, manter os preços do minério de ferro em níveis elevados, devido à maior demanda por aço.

“Enquanto isso, observamos que VALE3 está sendo negociada a aproximadamente 3,4xo múltiplo EV/Ebtida para 2024 (implicando um desconto de aproximadamente 27% para os pares, contra a média histórica de aproximadamente 15%). Isso não parece justo à luz do cenário que se desenha”.

Vivo

Os analistas estimam que a Vivo deverá manter um payout de pelo menos 100% do seu lucro, embora este valor inclua a redução de capital de R$ 1,5 bilhão (a ser pago em julho). “Acreditamos que haveria espaço para a empresa aumentar a remuneração dos acionistas”, dizem.

Os analistas projetam um dividendo total de R$ 5,9 bilhões para 2024, o que implica um rendimento via proventos de 7,8%

Atualmente, VIVT3 é a principal escolha da Ágora no setor de telecomunicações. Recentemente, a casa elevou a recomendação da Vivo para compra, com preço-alvo ao final de 2024 de R$ 59.

Veja as ações para buscar dividendos

Empresa Ticker Dividend Yield 2024
BB Seguridade BBSE3 9,9%
Cemig CMIG4 7,9%
Itaúsa ITSA4 9,6%
Vivo VIVT3 7,9%
Vale VALE3 9,9%

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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