Dívida Pública

Dívida pública sobe 2,5% em junho e chega a marca de R$ 5,84 trilhões

27 jul 2022, 15:09 - atualizado em 27 jul 2022, 16:07
Resultado foi divulgado nesta quarta-feira (27) pela Secretaria do Tesouro Nacional

A dívida pública federal cresceu 2,5% em junho e atingiu R$ 5,84 trilhões, informou nesta quarta-feira (27) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em maio, o endividamento estava em 5,7 trilhões.

De acordo com o Tesouro, o aumento da dívida em junho se deu por conta da retirada de títulos do mercado acima do valor de resgate em um total de R$ 67,33 bilhões e, também, devido às despesas com juros em um valor de R$ 75,98 bilhões.

Após a dívida ter aumentado 12% no ano passado, a expectativa do governo federal é que continue a crescer nos próximos meses e termine 2022 entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões.

No mesmo período, de maio a junho, a dívida pública mobiliária interna subiu R$119,4 bilhões, chegando a R$5,595 trilhões.

Também nesta quarta-feira, o Tesouro informou que o custo médio das emissões de títulos públicos no mercado interno passou de 11,69% ao ano, em maio, para 12,03% ao ano em maio.

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Estoque da Dívida Pública Federal

O estoque da DPF apresentou aumento, em termos nominais, de 2,51%, passando de R$ 5.702,23 bilhões, em maio, para R$ 5.845,54 bilhões, em junho. Já a DPMFi teve seu estoque ampliado em 2,18%, ao passar de R$ 5.475,96 bilhões para R$ 5.595,38 bilhões, devido à emissão líquida, no valor de R$ 67,33 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 52,09 bilhões.

Com relação ao estoque da DPFe, houve aumento de 10,56% sobre o estoque apurado em maio, encerrando o mês de junho em R$ 250,17 bilhões (US$ 47,76 bilhões), sendo R$ 212,90 bilhões (US$ 40,64 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 37,27 bilhões (US$ 7,12 bilhões) relativos à dívida contratual.

Em relação à composição da DPF, houve redução da participação da DPMFi, passando de 96,03%, em maio, para 95,72%, em junho. Já a participação da DPFe foi ampliada de 3,97% para 4,28%. A parcela dos títulos remunerados por taxa flutuante passou de 36,80%, em maio, para 36,69%, em junho.

Já a participação dos títulos com remuneração prefixada da DPF aumentou de 27,21%, em maio, para 27,23%, em junho, enquanto a parcela dos títulos vinculados a índice de preços foi reduzida de 31,80% para 31,55%.

O estoque de Instituições Financeiras apresentou elevação no mês, passando de R$ 1.621,48 bilhões para R$ 1.686,51 bilhões em junho. A participação relativa desse grupo subiu para 30,14%. Os Não-residentes apresentaram aumento de R$ 1,6 bilhão no estoque, fechando o mês com redução na participação relativa, atingindo 8,92%. O
grupo Previdência reduziu seu estoque em R$ 10,2 bilhões, totalizando R$ 1.249,16 bilhões no mês. A participação relativa desse grupo caiu para 22,32%.

Os Fundos de Investimento aumentaram o estoque, passando de R$ 1.269,75 bilhões para R$ 1.320,33 bilhões. O grupo Governo encerrou junho com participação relativa de 4,30% e o grupo Seguradoras, 3,94%. Além disso, destaca-se que os Não-residentes possuem 81,63% de sua carteira em títulos
pré-fixados, enquanto a carteira do grupo Previdência é composta de 64,44% de títulos
vinculados a índices de preços.

Emissões e Resgates

No mês de junho, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 71,34 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 4,01 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 67,33 bilhões, sendo R$ 67,33 bilhões referentes à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal interna – DPMFi e R$ 0,01 bilhão, à emissão líquida da Dívida Pública Federal externa – DPFe.

As emissões de títulos da DPMFi alcançaram R$ 69,96 bilhões: R$ 29,87 bilhões (42,70%) em títulos com remuneração prefixada; R$ 25,87 bilhões (36,98%) em títulos indexados a taxa flutuante e R$ 14,19 bilhões (20,28%) em títulos atrelados a índice de preços. Desse total, foram emitidos R$ 65,79 bilhões nos leilões tradicionais, R$ 3,67 bilhões relativos às vendas de títulos do Programa Tesouro Direto (p. 7) e R$ 0,50 bilhão relativo às emissões diretas (p. 8).

Nos leilões de LTN, foram emitidos R$ 28,54 bilhões, com vencimentos entre outubro de 2022 e julho de 2025. Nos leilões de NTN-B (títulos remunerados pelo IPCA) foram emitidos R$ 12,96 bilhões, com vencimentos entre maio de 2025 e agosto de 2060. Já nos leilões de LFT foram emitidos títulos no valor total de R$ 23,44 bilhões com vencimento em setembro de 2028. Nos leilões de NTN-F, foram emitidos R$ 0,86 bilhão, com vencimentos entre janeiro de 2029 e janeiro de 2033.

Todas as emissões ocorreram mediante pagamento em dinheiro. O total de resgates de títulos da DPMFi foi de R$ 2,63 bilhões, com destaque para os títulos atrelados a taxa flutuante, no valor de R$ 1,33 bilhão (50,51%). Os vencimentos efetivos do período totalizaram R$ 0,46 bilhão

As emissões do Tesouro Direto2 em junho atingiram R$ 3.667,57 milhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 2.134,52 milhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 1.533,05 milhões. O título mais demandado pelos investidores foi o Tesouro Selic, que respondeu por 55,31% do montante vendido.

O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 94.072,62 milhões, o que representa um aumento de 2,60% em relação ao mês anterior. O título com maior representação no estoque é o Tesouro IPCA+, que corresponde a 42,59% do total.

Em relação ao número de investidores, 539.295 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto em junho. Desta forma, o total de investidores cadastrados chegou a 19.492.362, o que representa um incremento de 69,57% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Reserva de liquidez

A reserva de liquidez  da dívida pública compreende as disponibilidades de caixa destinadas exclusivamente ao pagamento da dívida e o saldo em caixa dos recursos oriundos da emissão de títulos. Ela constitui um subconjunto das disponibilidades de caixa depositadas na Conta Única do Tesouro Nacional (CTU), no Banco Central.

A reserva de liquidez apresentou aumento, em termos nominais, de 10,23%, passando de R$ 1.108,04 bilhões, em maio, para R$ 1.221,43 bilhões, em junho. Em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 1.167,09 bilhões), houve aumento, em termos nominais, de 4,66%.

O nível atual garante o pagamento dos próximos 9,75 meses de vencimentos. Cabe destacar que os meses de agosto/2022, janeiro/2023 e maio/2023 concentrarão vencimentos estimados em R$ 717,36 bilhões.

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