Dívida pública federal sobe 0,99% em janeiro, diz Tesouro
A dívida pública federal do Brasil subiu 0,99% em janeiro sobre dezembro, a 5,059 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira.
No período, a dívida pública mobiliária interna teve avanço de 1,16%, a 4,821 trilhões de reais.
A variação do estoque da dívida pública federal no mês passado refletiu uma emissão líquida de 6,81 bilhões de reais e apropriação positiva de juros de 42,94 bilhões de reais.
Já a dívida pública federal externa teve queda de 2,3%, encerrando o mês em 238 bilhões de reais.
Para o ano, a meta do Tesouro em seu Plano Anual de Financiamento (PAF) é de um estoque da dívida entre 5,6 trilhões de reais a 5,9 trilhões de reais.
Composição
No mês passado, os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, continuaram com maior peso na dívida pública federal, a 35,3% do total, ante 34,81% em dezembro de 2020. A participação está acima do intervalo da meta do PAF, de 28% a 32%.
Já os títulos prefixados recuaram a 33,7% da dívida, ante 34,8% no mês anterior, frente a uma meta de 38% a 42% para 2021.
Os papéis indexados à inflação, por sua vez, aumentaram a fatia sobre a dívida para 26% da dívida total, ante 25,3% em dezembro, sendo que a referência para este ano é de 24% a 28%.
Como previsto no PAF, o Tesouro passou a divulgar este mês informação sobre o nível do seu colchão de liquidez. A reserva de liquidez apresentou no mês redução, em termos nominais, de 8,58%, passando de 881,3 bilhões de reais em dezembro para 805,7 bilhões de reais em janeiro. Sobre janeiro de 2020, o colchão aumentou 8,84%.
“Cabe alertar que este indicador pode sofrer variações expressivas ao longo dos meses, em especial daqueles com volumes elevados de vencimento”, disse o Tesouro em relatório, frisando que as variações são previstas em sua estratégia de financiamento da dívida pública.