Economia

Dívida pública federal cai 1,29% em outubro, diz Tesouro

24 nov 2021, 14:39 - atualizado em 24 nov 2021, 15:44
Real
No mesmo período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 1,54%, a 5,106 trilhões de reais (Imagem: Pixabay/joelfotos)

A dívida pública federal do Brasil caiu 1,29% em outubro sobre setembro, a 5,373 trilhões de reais, em mês marcado pelo volume expressivo de resgates.

A dois meses do fim do ano, o estoque ainda não bateu no limite inferior da banda estabelecida para 2021 no Plano Anual de Financiamento, de 5,5 trilhões a 5,8 trilhões de reais.

Segundo dados informados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira, as emissões de dívida mobiliária interna no mês foram as maiores desde maio, alcançando 146,4 bilhões de reais.

Mas os 271,4 bilhões de reais em resgates –segundo maior valor da série histórica– fizeram a dívida interna fechar o mês com resgate líquido de 125 bilhões de reais.

Em nota sobre o resultado, o Tesouro chamou a atenção para a volta da emissão de títulos prefixados em volumes maiores: 45,4 bilhões de reais, frente a 17,9 bilhões de reais em setembro e apenas 7,8 bilhões de reais em agosto.

Contudo, como houve vencimento de 267,71 bilhões em LTNs, os prefixados terminaram o mês com resgate líquido. Eles passaram a responder por 29,04% da dívida total, abaixo dos 32,58% de setembro e do intervalo de 31% a 35% estabelecido para o ano, conforme Plano Anual de Financiamento.

Os títulos que variam com a Selic, representados pelas LFTs, aumentaram seu peso na dívida pública federal, a 36,15% do total, ante 33,95% em setembro. No PAF, a meta para o ano é de 33% a 37%.

Já os papéis indexados à inflação elevaram a fatia sobre a dívida para 29,57% da dívida total, ante 28,48% em setembro, sendo que a referência para este ano é de 26% a 30%.

Em relação aos detentores, a participação dos investidores estrangeiros na dívida mobiliária interna subiu a 10,46% em outubro, sobre 10,05% no mês anterior.

Mais uma vez o custo médio das emissões de dívida interna aumentou, chegando a 7,5% ao ano, sobre 6,9% ao ano em setembro.

O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses foi na mesma direção, passando a 8% sobre 7,8% no mês anterior.

Olhando para novembro, o Tesouro destacou que ao longo do mês, a maior estabilidade nos mercados permitiu que iniciasse a retomada gradual das emissões, “voltando a ofertar prefixados e índice de preços em quantidades mais próximas da normalidade”.

 

Veja o documento abaixo:

(Atualizada às 15:44)

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