Dívida pública avança no Brasil; veja em quantos trilhões somou em junho, segundo o Tesouro
A dívida pública federal do Brasil cresceu 2,95% em junho em relação ao mês anterior, a R$ 6,191 trilhões, divulgou o Tesouro Nacional nesta sexta-feira, citando ambiente favorável para emissões.
No mesmo período, a dívida pública mobiliária interna teve alta de 3,3%, a R$ 5,957 trilhões, sob o impacto de emissão líquida no valor de R$ 145,33 bilhões e de apropriação positiva de juros de R$ 44,93 bilhões.
Em coletiva de imprensa para comentar o Relatório Mensal da Dívida, o coordenador de operações da dívida pública do Tesouro, Roberto Lobarinhas, citou um ambiente muito favorável para a emissão de dívida em junho.
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“Mês de junho foi extremamente positivo para os mercados, positivo para a emissão de dívidas; percebemos aumento do apetite por risco após a resolução do impasse da dívida dos Estados Unidos”, avaliou ele.
Além disso, pesaram positivamente fatores domésticos como a redução das expectativas de inflação e a melhora da perspectiva de nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco S&P, bem como o avanço da agenda econômica do governo no Congresso, disse Lobarinhas.
A participação dos papéis prefixados no total da dívida subiu em junho a 27,04%, de 26,17% no mês anterior. Já os títulos atrelados a índices de preços passou a 29,46%, de 29,76% antes, e os corrigidos pela taxa Selic recuaram a 39,52%, de 39,74%.
Enquanto isso, o colchão de liquidez do Tesouro teve um aumento, em termos nominais, de 13,76%, para R$ 1,118 trilhão em junho, informou o Tesouro. O valor é suficiente para cobrir os pagamentos de 8,52 meses de vencimentos de dívida, acima do limite de três meses que o Tesouro considera prudencial para a gestão da dívida.