Dívida de US$ 30 milhões leva fundador da Azul a perder 9 milhões de ações da aérea
A Azul (AZUL4) comunicou nesta terça-feira que o seus acionista controlador e fundador da companhia, David Neeleman , reduziu significativamente sua participação em ações preferenciais (AZUL4) da área no mês passado, em razão de execução de garantias em empréstimo pessoal.
A fatia de Neeleman nas ações sem direito à voto foi reduzida de 11.432.352 para 2.116.004 papéis, conforme dados divulgados no final da segunda-feira pela companhia e esclarecidos em comunicado da Azul nesta manhã, antes da abertura do pregão.
Em março, os papéis da aérea acumularam queda de 60,5%, afetados também pela pandemia de Covid-19, que desencadeou medidas como restrição de circulação de pessoas e derrubou a demanda no setor aéreo como um todo.
Por volta das 11:23, as preferenciais da Azul subiam 3,56%, a 16,70 reais, enquanto o Ibovespa (IBOV) avançava 3,09%.
No comunicado, a Azul disse que Neeleman esclareceu que havia feito um empréstimo pessoal em 2019 no valor de 30 milhões de dólares usando como garantia parte de suas ações da Azul, “dado que ele não tinha intenção de vender suas ações da Azul por acreditar em seu potencial”.
“O impacto da pandemia do Covid-19 no mercado de ações, porém, ocasionou uma chamada de margem no empréstimo, e devido à velocidade do movimento e o fato de ele ter outros investimentos no setor sem liquidez como TAP e Breeze, não houve tempo para levantara liquidez adequada”, afirmou a Azul.
“Assim, os bancos custodiantes executaram a garantia”, acrescentou a empresa, acrescentando que Neeleman afirmou não ter vendido de maneira ativa nenhuma ação da Azul.