Dívida da Americanas (AMER3), B3 questiona FII; o que movimentou os fundos imobiliários hoje
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 teve mais um dia de volatilidade, entre leves altas e leves quedas. Porém, encerrou o pregão desta sexta-feira (27) estável, aos 2.809 pontos – ainda no menor patamar de 2023.
Em meio ao baixo volume de negócios observado nos últimos dias, o Ifix fechou a semana em queda de 0,55%, no quarto recuo semanal seguido.
Fundos imobiliários de destaque
Entre os fundos imobiliários, a maior alta ficou com o Kinea Fundos de Fundos (KFOF11), de 2,70%, seguido do Pátria Logística (PATL11), com ganhos de 2,04%.
Entretanto, o Tordesilhas EI (TORD11) registrou a maior queda no pregão, de 2,28%. Um dos fundos que mais recuou nesta sexta-feira foi o More Real Estate (MORE11), fechando em -1,33%. Na primeira parte dos negócios, o fundo liderou as perdas e foi questionado pela B3.
O questionamento deve-se as oscilações sequenciais do fundo, que vem exibindo um alto volume de negócios e variações no preço da cota.
Contudo, o More Real Estate, por meio de seu administrador, o BTG Pactual, esclareceu que “não tem conhecimento de ato ou fato relevante que possa justificar a variação do valor da cota, além do aumento do número de negócios e/ou da quantidade negociada no mercado secundário” da Bolsa brasileira.
FIIs da semana
Tanto o KFOF11 quanto o TORD11 foram destaques também na semana, já que o primeiro liderou as altas, de 3,44%, no acumulado entre segunda-feira e hoje. Em contrapartida, o Tordesilhas encerou o período com tombo de 9,90%.
Em semana marcada mais uma vez pelo caso Americanas (AMER3), a lista de credores da varejista respingou, mais uma vez, os fundos imobiliários.
Isso porque a Americanas tem créditos de pelo menos R$ 10 milhões com vários FIIs, entre eles o Bresco Logística (BRCO11), com um total de R$ 667,8 mil. A varejista tem um contrato de locação com o fundo de uma área de 15,7 mil metros quadrados de um galpão logístico em Contagem (MG), em vigor até 30 de setembro de 2027.
Além disso, a Americanas alugava até o início deste mês um galpão em Resende (RJ). Porém, antecipou a devolução do imóvel.
Em comunicado, o fundo explica que a varejista tem em aberto duas parcelas de R$ 191,6 mil cada, referente à indenização pela antecipação do fim do contrato desse imóvel. E ainda, outro valor de R$ 167,2 mil de reparos necessários para a devolução do espaço.