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Distribuidores acionam Cade contra Ambev por práticas anticompetitivas; Ações fecham em queda de 8,29%

25 out 2019, 17:47 - atualizado em 25 out 2019, 17:55
Confenar acusa a Ambev de implementar políticas comerciais abusivas devido à sua posição dominante no mercado brasileiro de bebidas (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Os papéis da Ambev (ABEV3) fecharam em queda de 8,29%, a 17,60 reais, apresentando o pior desempenho no principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, que subiu 0,35%.

Distribuidores de bebidas que trabalham para a Ambev (ABEV3) apresentaram uma queixa contra a empresa no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), acusando a fabricante de práticas anticompetitivas.

A Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição (Confenar) acusa a Ambev de implementar políticas comerciais abusivas devido à sua posição dominante no mercado brasileiro de bebidas.

“A Ambev cria um ciclo fechado e vicioso de controle, determinando que os revendedores trabalhem no mix de produto que deseja, no formato, no preço e na estrutura de seu interesse”, disse o presidente da Confenar, Ataíde Gil Guerreiro, em comunicado enviado à Reuters nesta sexta-feira.

Segundo a Confenar, que agrupa 110 revendedores, uma multa de até 20% do faturamento bruto anual da Ambev pode ser aplicada pelo Cade caso o órgão regulador antitruste considere a denúncia válida.

O Cade não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters.

A Ambev disse em comunicado que lamenta que a Confenar tenha levado ao Cade uma negociação privada de contrato, que está em andamento há meses.

“A Confenar quer uma garantia de rentabilidade mínima, o que vai contra a livre iniciativa e a lógica empresarial, e está usando as autoridades como instrumento para tentar pressionar a Ambev em uma negociação privada”, afirmou em comunicado enviado à Reuters.

A companhia também enfatizou que seus “programas de mercado passam por criteriosa revisão de um comitê com membros externos e estão absolutamente em linha com as leis vigentes, inclusive concorrenciais”.

No início da sexta-feira, a maior cervejaria da América Latina divulgou queda de 9,7% no lucro líquido do terceiro trimestre, afetada pela estagnação dos volumes após vendas mais fracas no Brasil, enquanto os custos e as despesas gerais cresceram no período, o que derrubava suas ações na B3 (B3SA3).

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