Eleições 2022

“Disputa acirrada entre Bolsonaro e Lula sacramenta derrota de pesquisas eleitorais”, diz analista

02 out 2022, 22:16 - atualizado em 02 out 2022, 22:16
Urna Eletrônica
Pesquisas eleitorais não captaram o voto, de fato, do brasileiro, dizem analistas do mercado, reiterando erros dos levantamentos (Imagem: Roberto Jayme/Ascom/TSE)

A disputa acirrada em primeiro turno não foi uma surpresa, segundo analistas do mercado, que previam uma diferença menor do que a desenhada em pesquisas eleitorais, exibindo erros dos levantamentos.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderou com 48,13% dos votos válidos, obtendo mais de 56,2 milhões de votos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi votado por quase 50,8 milhões de brasileiros, alcançando 43,44% dos votos. Por volta das 22h10 (de Brasília), 98,76% das urnas haviam sido apuradas.

Lula liderou com folga nos estados do Nordeste, além de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. Já Bolsonaro levou vantagem em 13 estados, incluindo São Paulo – que tem o maior número de eleitores -, além do Distrito Federal.

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Derrota das pesquisas eleitorais

Uma pesquisa Datafolha chegou a colocar Lula com 10 pontos percentuais a frente de Bolsonaro. Apesar da vantagem, analistas comentam que o mercado não comprou essa diferença de votos e já previa uma disputa mais acirrada entre os candidatos.

Lula liderou praticamente todos levantamentos de intenção de votos.

Para o sócio-analista da Ajax Asset, Rafael Passos, o resultado do primeiro turno “sacramenta a derrota das pesquisas eleitorais”.

Segundo ele, era praticamente um consenso entre os agentes de mercado que a disputa iria para um segundo turno com uma diferença apertada entre Lula e Bolsonaro.

Governos e senadores

“A eleição presidencial acabou sendo muito mais apertada do que as pesquisas apresentaram, mas ainda será um segundo turno bastante disputado em meio a um cenário ‘em aberto'”, avalia o CIO da TAG investimentos, Dan Kawa.

Segundo ele, houve erros gigantescos nas pesquisas eleitorais, especialmente nas corridas para governos estaduais e para o senado.

Portanto, caminha-se para uma eleição com vitórias relevantes de governadores aliados de Bolsonaro, além de senadores, diz. “A bancada da Câmara também apresenta uma força relevante da direita e centro-direita”, destaca Kawa.

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