Disparada do Magazine Luiza (MGLU3) devolve Luiza Trajano à lista de bilionários da Forbes
O Magazine Luiza (MGLU3) viu suas ações saltarem 20% em cinco pregões. Com isso, Luiza Helena Trajano tem seu nome de volta na lista de bilionários da Forbes.
Segundo o índice em tempo real, a fortuna de Trajano está estimada em 1,1 bilhão de dólares (R$ 5,5 bilhões). No ranking global, a empresária figura na posição 2530. Já entre os brasileiros, está na 53º colocação.
Nesta terça-feira (9), as ações do Magazine Luiza performam entre as maiores altas do Ibovespa, por volta das 12h35, subiam 8,53%.
O que tirou Luiza Trajano da lista dos mais ricos
Luiza Trajano já foi a mulher mais rica do Brasil. No entanto, após as ações do Magalu despencarem 90% em 2022, a empresária saiu da lista.
Neste ano, seu nome oscila no ranking, conforme o desempenho das ações e projeções do mercado acerca da companhia.
O Magazine Luiza irá divulgar os resultados do primeiro trimestre deste ano na próxima semana, em 15 de maio.
Por que ações do Magazine Luiza subiram?
Além do alívio da curva dos juros futuro diante da possibilidade de cortes da Selic a partir do segundo semestre, Carol Sanchez, analista de varejo da Levante, diz que ação sobe em meio à expectativa de bons números no primeiro trimestre.
“Tanto que se olhamos para o resultado do quarto trimestre, foram números bons. Era o que o mercado estava esperando. Se não fosse a questão de denúncias contra fornecedores que foi divulgado no dia do balanço, nós teríamos visto uma porrada do Magalu”, discorre.
Ela observa que o operacional da varejista está melhor, com uma maior organização de estoques e margens melhores no segmento. “Justamente porque não precisaram fazer reprecificação”, explica.
“O mercado quer muito saber como que o Magalu conseguiu capturar o cheque que a Americanas (AMER3) deixou na mesa. Até a Via (VIIA3) está mais organizada. Existe a expectativa de melhora do e-commerce”, acrescenta.
Porém, a analista coloca que ainda não é o momento de comprar a ação, citando o cenário de curto e médio prazo ruim, com inflação e juros altos e queda do poder de compra do brasileiro, somado ao cenário de competição com empresas gringas.
“Então, eu ficaria mais tranquila de estar exposta em uma empresa líder no segmento, que no caso seria o Mercado Livre“, ressalta.
* Com Renan Dantas