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Disparada de quase 50%: C&A (CEAB3) puxa 3º dia seguido de forte alta; vale a pena ter a ação?

06 mar 2023, 19:50 - atualizado em 06 mar 2023, 19:50
CEAB3 C&A
Desde a divulgação dos números do quarto trimestre de 2022, noite de quarta-feira passada, as ações da C&A dispararam quase 50% (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

A C&A (CEAB3) voltou a subir forte na Bolsa nesta segunda-feira (6). Esse foi o terceiro pregão em que a companhia viu suas ações dispararem, tendo atingido somente na última sexta-feira uma valorização de mais de 27%.

Desde a divulgação dos números do quarto trimestre de 2022, noite de quarta-feira passada, as ações da C&A dispararam quase 50%, de R$ 1,94 para o preço atual de R$ 2,89.

A varejista de moda reportou resultados acima do esperado, com o lucro líquido e o Ebitda impactados positivamente por créditos tributários, enquanto as vendas líquidas da companhia avançaram 5% no comparativo anual, impulsionadas pelas vendas de vestuário e receitas de serviços financeiros do C&A Pay, destaca a XP Investimentos, em relatório pós-balanço.

A XP ainda chama atenção para o fato de que a C&A enfrentou desafios no trimestre, como o clima mais frio, além do impacto do fluxo por conta da Copa do Mundo.

De acordo com a corretora, a margem bruta foi o destaque dos resultados, tendo expandido 3,5 pontos percentuais em base anual, impulsionada pelo vestuário diante de uma política de preços assertiva, com melhores níveis de remarcações e ganhos com a implementação do sistema push&pull, representando 25% das vendas.

Outro ponto levantado pelos analistas da XP é a performance das lojas da Ace no formato double doors, que “estão operando com performance sólida, com um aumento de receita de 2 vezes em relação às vendas da marca uma vez convertidas e as vendas de 2022 em +23% ano a ano”.

Comprar CEAB3? Ainda não…

Apesar da leitura positiva dos resultados, a XP segue com recomendação “neutra” para a C&A, com preço-alvo de R$ 3,50. A isso, a corretora menciona o cenário macroeconômico ainda desafiador.

As ações do varejo têm sido fortemente penalizadas pelo ambiente econômico atual, uma vez que o cenário de inflação e juros elevados impacta diretamente o poder de compra do consumidor.

Por conta disso, os papéis do setor sofreram uma onda vendedora em 2022 na Bolsa. Mas, mesmo com o grande sell-off do ano passado, analistas continuam cautelosos com alguns nomes.

BTG Pactual entende que investir no setor agora não é uma decisão tão fácil, visto que os níveis inflacionários e de juros continuam altos.

Esse panorama atual pode levar a uma queda ou volatilidade adicional para alguns papéis, destaca o banco.

“Em relação aos fundamentos, as empresas continuam altamente correlacionadas com o cenário macro, apresentando riscos de queda nas estimativas de lucro para este ano”, acrescentam os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luis Mollo, em relatório divulgado na semana passada, após o CEO Conference.

Entre as quatro principais escolhas do BTG, apenas uma é ligada ao segmento de moda. Trata-se da Arezzo (ARZZ3), que é preferência do banco pelo fato de estar exposta à alta renda, que tem se mostrado mais resiliente contra a situação macroeconômica atual do país.

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