Diretor cinematográfico Quentin Tarantino é processado por NFT de “Pulp Fiction”
Uma venda planejada de token não fungível (NFT, na sigla em inglês) do diretor Quentin Tarantino, atrelada ao clássico cinematográfico “Pulp Fiction: Tempo de Violência” acabou em alguns contraventos legais.
Tarantino anunciou, no início deste mês, que o NFT a ser vendido conteria cenas inéditas e conteúdos “secretos” sobre o filme. O longa-metragem “Pulp Fiction: Tempo de Violência” foi lançado em 1994 e rendeu a Tarantino o Oscar de Melhor Roteiro Original.
A revista americana Variety informou que Miramax, que produziu “Pulp Fiction” e outros filmes do diretor, entrou com um processo contra Tarantino, alegando que possui os direitos sobre o filme.
A companhia de entretenimento alegou que Tarantino “manteve seus planos para o NFT de ‘Pulp Fiction’ em segredo da Miramax” e ignorou uma ordem de “não fazer” relacionada à venda.
Miramax também disse que o diretor declarou que seus direitos reservados o autorizavam a dar sequência aos planos do NFT.
No processo registrado ontem (16), a produtora, especificamente, disse que houve quebra de contrato, competição injusta e infração à marca.
Nos documentos oficiais do processo, a Miramax afirmou:
A conduta de Tarantino forçou a Miramax a entrar com este processo contra um valioso colaborador, a fim de reforçar, preservar e proteger seus direitos de propriedade contratual e intelectual relacionados a uma das mais icônicas e valiosas propriedades cinematográficas da Miramax.
Se não for controlada, a conduta de Tarantino poderá levar outras pessoas a acreditarem que a Miramax está envolvida na empreitada dele.
E também poderá levar outras pessoas a acreditarem que elas possuem os direitos de buscar acordos ou ofertas semelhantes, quando, na verdade, a Miramax detém os direitos necessários para desenvolver, divulgar e vender NFTs relacionados à sua ampla cinemateca.