Direcional é a aposta do Credit Suisse para lucrar com Casa Verde e Amarela

A substituição do Minha Casa, Minha Vida pelo Casa Verde e Amarela deve beneficiar as construtoras do segmento de baixa renda, disse o Credit Suisse. Além da MRV (MRVE3) e da Tenda (TEND3), o novo programa será positivo para a Direcional (DIRR3), que pode aumentar o potencial da demanda com a redução da taxa de juros.

“Reiteramos nossa recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para a Direcional, apoiada por um valuation interessante e pela direção certa dos negócios”, afirmaram os analistas do banco, em relatório divulgado aos clientes.

A medida provisória (MP) propõe a redução de até 0,5% do juro habitacional no Norte e no Nordeste para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil e de 0,25% para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil. Nas outras regiões do país, a redução será de 0,25%.

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse que a redução da taxa de juros diminuirá a renda necessária para as pessoas acessarem o programa. A expectativa do governo é de atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda até 2024.

O Casa Verde e Amarela muda a estrutura do Minha Casa, Minha Vida. O novo programa terá três faixas (1, 2 e 3). A primeira engloba famílias com renda mensal de até R$ 2 mil (ou R$ 2,6 mil na região Nordeste); a segunda entre R$ 2 mil e R$ 4 mil; e a terceira dos R$ 4 mil aos R$ 7 mil.

O Casa Verde e Amarela também abrirá a possibilidade de renegociação de dívidas para mutuários da faixa 1 com renda de até R$ 1,8 mil.