Direcional (DIRR3) vê lucro e receita crescerem no 4T22, mas margem cai
O lucro líquido ajustado da Direcional Engenharia (DIRR3) somou R$ 53,2 milhões no quarto trimestre de 2022, montante 4,5% acima do visto no mesmo período de 2021. Enquanto a receita operacional líquida cresceu 9,7% no comparativo com o mesmo trimestre do ano anterior, para R$ 534 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 113,8 milhões nos últimos três meses do ano passado, alta de 3,7% na base anual. Entretanto, a margem Ebitda ajustada caiu 1,2 ponto percentual (p.p.) na mesma base de comparação, a 21,3%.
Vendas e lançamentos no 4T
Conforme divulgado em janeiro na prévia operacional da companhia, as vendas líquidas somaram R$ 694,4 milhões em valor geral de vendas (VGV) no último trimestre do ano passado, alta de 4% na comparação anual. No trimestre, a Direcional lançou 4.320 unidades, com VGV de lançamentos de R$ 1,05 bilhão, avanço de 52,5%.
Já a velocidade das vendas no quarto trimestre, medida pelo indicador vendas líquidas sobre oferta (VSO), foi de 15%. Segundo a companhia, a redução de 4 pontos percentuais (pp) em relação ao terceiro trimestre refletiu, sobretudo, a redução das vendas influenciada pelas eleições, em outubro, e pela Copa do Mundo no fim do ano.
Margem da Direcional cai em 2022
No acumulado de 2022, o lucro líquido ajustado da Direcional cresceu 23,9% ante um ano antes, para R$ 205,6 milhões. Já a receita líquida somou R$ 2,16 bilhões entre janeiro e dezembro, o que representa avanço de 21,7%.
Por sua vez, o Ebitda anual da construtora mineira somou R$ 437,7 milhões, alta de 15,7% na comparação anual. No entanto, a margem Ebitda ajustada caiu 1,1 p.p., a 20,2% na comparação com 2021.
De janeiro a dezembro, a Direcional lançou 14.525 unidades, somando VGV de R$ 3,63 bilhões, uma alta de 15,9%. Enquanto as vendas líquidas cresceram 22,9%, para R$ 2,99 bilhões. Segundo a companhia, os resultados no consolidado de 2022 foram os melhores da história, tanto em lançamentos quanto em vendas líquidas.
A construtora encerou o ano passado com geração de caixa de R$ 98,2 milhões, acima dos R$ 19,6 milhões registrados ao fim de 2021.
Em relação à dívida líquida ajustada, a companhia encerrou 2022 com valor abaixo do visto ao fim do ano anterior e do terceiro trimestre, a R$ 193,4 milhões. A alavancagem ficou em 12,9%, ligeira queda de 0,5 ponto percentual na base anual.