Direcional (DIRR3) entra e Automob (AMOB3) dá adeus ao Ibovespa em maio, diz BofA

Direcional (DIRR3) deve ser a mais nova integrante do grupo seleto de ações que compõem o Ibovespa (IBOV), principal índice da bolsa brasileira. Pelo menos, essa é a expectativa do Bank of America (BofA).
Para os estrategistas de ações do banco, a construtora focada no segmento de baixa renda é “uma adição provável” ao índice, com participação de cerca de 0,2% na carteira, já na próxima revisão.
A carteira do Ibovespa é rebalanceada a cada quatro meses, com base em alguns critérios.
Entre eles, índice de negociabilidade (IN), o volume de negociação e o status da empresa — companhias em recuperação judicial ou cujo preço dos ativos é inferior a R$ 1,00 (penny stock) não são elegíveis, por exemplo. Já o desempenho das ações não é considerado um critério de entrada ou saída no índice.
Hoje, a carteira conta com 87 papéis de 84 empresas brasileiras.
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga três prévias. A primeira delas está programada para 1º de abril. As demais devem ser divulgadas em 16 de abril e 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto.
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Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA) no risco de rebaixamento
Para o BofA, a Automob (AMOB3), que estreou na B3 e no Ibovespa em dezembro passado após um cisão na Vamos (VAMO3), é uma das empresas cotadas para sair da carteira do principal índice da bolsa brasileira.
De acordo com as estimativas do banco, as métricas de negociabilidade podem estar abaixo do limite para membros do índice.
Além disso, Automob é atualmente considerada uma penny stock — e, de acordo com a metodologia do Ibovespa, ações cotadas abaixo de R$ 1,00 não podem compor o índice, dada a volatilidade do papel.
A LWSA (LWSA3), antiga Locaweb, também pode ser excluída com base no nível de negociabilidade na B3.
Próximas revisões do Ibovespa
SmartFit (SMFT3) e Copel (CPLE3) também estão sendo cotadas como possíveis entradas no Ibovespa em um futuro próximo, segundo os estrategistas do BofA.
As duas empresas “podem ser as próximas a serem incluídas em termos de métricas de negociabilidade, mas precisariam que sua negociabilidade melhorasse em relação ao restante do índice para ter uma probabilidade maior de inclusão”, afirma os analistas Carlos Peyrelongue, David Beker, Mateus Conceição e Paula Soto, em relatório.
Já São Martinho (SMTO3) e PetroReconcavo (RECV3) aparecem na “zona de risco” de rebaixamento por terem uma classificação mais baixa do IN (índice de negociabilidade), depois de AMOB3 e LWSA3.
“Eles podem correr o risco de serem excluídos em futuras revisões se sua negociabilidade diminuir em relação ao restante do mercado”, diz o BofA.