Construtora favorita do Santander pode se destacar – de novo – como pagadora de dividendos; banco eleva alvo e vê salto de 27%
O Santander elevou o preço-alvo de Direcional (DIRR3) de R$ 31 para R$ 33, o que implica em uma nova alta de 27% com base no fechamento de terça-feira (21). O banco reiterou a recomendação “outperform” para as ações e a escolha como a favorita do setor, mostra relatório de terça-feira (21).
Os analistas veem DIRR3 com um valuation atraente. O papel é negociado a um preço/lucro esperado para 2025 de 6 vezes, apesar do desempenho de 37% de ganho por ação na taxa de crescimento anual composta (CAGR) esperada para 2023 a 2026 e do rendimento de dividendos de 8,3% para 2025.
Além disso, Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni, do Santander, destacam o potencial robusto para expansão do retorno sobre patrimônio (ROE) e o balanço patrimonial forte para apoiar o crescimento acelerado no curto prazo.
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A Direcional ainda se beneficia da exposição a locais com ambientes competitivos mais amenos e da redução da quantidade de localidades em que atua, o que deve aumentar a eficiência comercial e gerar ganhos de escala nos canteiros de obras.
“Estamos aumentando nossas estimativas para Direcional, à medida que incorporamos uma melhor relação trimestral de vendas sobre oferta de 21% a 22% para 2024 e 2025, que esperamos ser apoiada pelo foco no aumento da eficiência de vendas através da redução do número de cidades onde atua”, explicam.
Impulso nas vendas pode se traduzir em dividendos
Os analistas do Santander estão otimistas com os efeitos que o Minha Casa, Minha Vida Cidades pode ter nas vendas contratadas da Direcional. O programa deve aumentar a capacidade de entrada das famílias das faixas 1 e 2 e, consequentemente, impactar positivamente vendas, fornecimento (SoS) e diminuir concessões pró-soluto.
“Destacamos que, atualmente, cerca de 60% das vendas da Direcional estão localizadas em cidades e Estados onde o Minha Casa Minha Vida Cidades já está implementado ou está em processo de implementação, como Amazonas, Pernambuco, Ceará e São Paulo”, destacam.
Esse foco em melhorar o desempenho de vendas pode levar a um consumo de caixa menor do que inicialmente previsto para os anos de 2024 e 2025, permitindo que a companhia se destaque como um robusto pagador de dividendos nos próximos anos.
Além de vendas mais fortes, a Direcional tem opções para diminuir a alocação de capital no negócio no curto prazo por meio da venda de recebíveis e monetização de terrenos antigos adquiridos à vista, via venda de SPEs.
“Ambas as opções não estão inclusas em nosso modelo e representam potencial de aumento para nosso pagamento de dividendos de 50% para 2024”, ressaltam Oreng, Castrucci e Meloni.