Direcional (DIRR3) agrada com prévia operacional; ‘Espere mais dividendos em 2025’, dizem analistas
A Direcional Engenharia (DIRR3) agradou analistas com os números de sua prévia operacional referente ao quarto trimestre de 2024 (4T24), divulgada na quinta-feira (16). A construtora reportou crescimento de 56% nas vendas líquidas na comparação com o 4T23, para R$ 1,6 bilhão. Em 2024, as vendas totalizaram R$ 6,3 bilhões — melhor ano da história do grupo.
Os lançamentos atingiram R$ 1,8 bilhão no período, o maior patamar já lançado em um trimestre, representando um crescimento trimestral de 32% e anual de 55%.
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Já o VGV (valor geral de vendas) cresceu 31,9%, saindo de R$ 1,39 bilhão no 4T23 para R$ 1,833,2 bilhão no 4T24. As vendas líquidas do 4T24 somaram R$ 1,6 bilhão, representando um crescimento de 29% em comparação ao mesmo período em 2023.
Na B3, as ações operaram em baixa nesta sexta-feira (17) em baixa. DIRR3 terminou o pregão com recuo de 0,94%, a 25,31. Acompanhe o tempo real.
Analistas destacam dividendos da Direcional
Para a Ágora Investimentos e Bradesco BBI, os números foram fortes, em linha com o esperado. Os analistas Bruno Mendonça e Wellington Lourenço, que assinam o relatório, afirmam: “espere mais dividendos em 2025″.
Durante o segundo semestre de 2024, os analistas recordam que houve distribuição de R$ 577 milhões em dividendos, implicando um rendimento de 13%, após a venda da participação na Riva, o que deve sustentar ainda mais os dividendos extraordinários em 2025.
“Mantemos uma visão positiva sobre a Direcional, alimentada por fortes ganhos/impulso operacional no segmento MCMV (Minha Casa Minha Vida) e na Riva, um rendimento de dividendos de dois dígitos no final de 2025 e uma avaliação atraente de 6,1 vezes o múltiplo preço/lucro esperado para 2025”, concluem os analistas da Ágora e Bradesco BBI.
Na análise do BTG Pactual, de modo geral os resultados operacionais do quarto trimestre foram sólidos. Mesmo em meio a um cenário macroeconômico difícil, os analistas evidenciam que o setor de imóveis de baixa renda continua a apresentar uma demanda sólida, devido a uma aceesibilidade “mlehor do que nunca” no MCMV.
Dessa maneira, o banco espera que empresas com operações e balanços sólidos, como é o caso da Direcional, continuem apresentando bom desempenho. O BTG mantém a recomendação de compra para DIRR3, tendo em vista um valuation atraente de 5,5 vezes preço/lucro para 2025.
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A XP Investimentos acrescenta que a manutenção de níveis estáveis de VSO trimestre a trimestre, apesar dos lançamentos mais fortes, indica boa qualidade de novos projetos, o que pode impulsionar lançamentos ainda mais fortes no futuro.
Embora os analistas da casa esperassem um crescimento do fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês) no quarto trimestre, consideram os níveis relatados como “surpreendentemente positivos”.
“Em nossa visão, isso aponta para o impacto positivo de uma maior rotatividade de ativos ao longo de 2024 e eleva as expectativas de uma maior conversão de caixa em 2025, o que pode apoiar dividendos mais elevados. Mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 37 por ação”, coloca a XP.
O Goldman Sachs chama atenção para Direcional como a grande beneficiária de um programa Minha Casa Minha Vida bem financiado e veem a construtora como capaz de conduzir aumento da lucratividade em meio a um período de incertezas macroeconômicas.
Dessa maneira, o banco mantém a recomendação de compra para a Direcional.
Já o Santander coloca quatro pontos que embasam a sua classificaçã outperform (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para a construtora. São eles:
- Avaliação atrativa, com preço/lucro de 5,6 vezes em 2025, apesar do forte de 5,6x em 2025E, apesar do forte CAGR (taxa de crescimento anual composta, de lucro por ação de 16% em 2024-27 e do dividend yield (rendimento de dividendo) de 12,4% em 2025;
- Mais espaço para expansão do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) para ~38% em 2025;
- Balanço patrimonial sólido para dar suporte ao crescimento de curto prazo;
- Espaço para maior aceleração no desempenho de vendas, dado um ambiente competitivo mais ameno da indústria e maior eficiência comercial.