Economia

Dimon, do JPMorgan, fala em aperto quantitativo para lidar com situação “sem precedentes”

01 jun 2022, 13:42 - atualizado em 01 jun 2022, 13:42
Jamie Dimon
O banco central dos EUA enfrenta uma tarefa difícil de amortecer a demanda o suficiente para conter a alta dos preços sem causar recessão (Imagem: Michel Euler/Pool via REUTERS)

Os presidentes executivos de importantes bancos norte-americanos sinalizaram nesta quarta-feira riscos crescentes para a economia oriundos do aumento da inflação, que está desacelerando os gastos do consumidor e ameaça empurrar os Estados Unidos para uma recessão, a menos que o Federal Reserve aja com mais força.

Jamie Dimon, presidente do conselho de administração e presidente executivo do JPMorgan Chase & Co, disse em conferência bancária que a situação atual é sem precedentes.

“O Fed tem que encarar isso agora com aumento das taxas e QT (aperto quantitativo). Pode ser que eles tenham que fazer QT. Eles não têm escolha porque há muita liquidez no sistema”, disse Dimon.

Os comentários de Dimon vieram um dia depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, se reunir com o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, para discutir uma inflação que está pairando em máximas de 40 anos.

O Fed está sob pressão para reduzir decisivamente uma taxa de inflação que roda em mais de três vezes a meta de 2% e causou um salto no custo de vida dos norte-americanos.

O banco central dos EUA enfrenta uma tarefa difícil de amortecer a demanda o suficiente para conter a alta dos preços sem causar recessão.

O presidente executivo (CEO) do Wells Fargo & Co, Charlie Scharf, alertou que o Federal Reserve acharia “extremamente difícil” gerenciar um pouso suave da economia, já que o banco central procura apagar o fogo da inflação com aumentos nas taxas de juros.

O CEO do quarto maior credor dos EUA também disse que o Wells Fargo está vendo um impacto direto da inflação nos gastos dos consumidores, principalmente em combustível e alimentos.

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