Dimed, dona da Panvel, enfrenta oposição da Esh Capital à conversão de ações
A intenção da Dimed (PNVL3; PNVL4) de migrar para o Novo Mercado da B3 (B3SA3) esbarra num ponto fundamental: a conversão das ações preferenciais em ordinárias. A empresa pretende converter cada PN em 0,8 ON.
Os termos de troca, contudo, são rejeitados pela Esh Capital, gestora de um fundo que detém 0,99% das ações preferenciais da Dimed.
Segundo a Esh, a proposta “representará a diluição da sua participação sobre o capital social da companhia, o que é contrário aos direitos de inconversibilidade das ações preferenciais e de tratamento igualitário aos preferencialistas previstos no estatuto social”.
Em bloco
Para levar adiante a conversão das ações PNs em ONs, a dona da rede de farmácias Panvel precisa da aprovação dos acionistas em assembleia geral. Ciente disso, a Esh quer reunir um grupo de minoritários para rejeitar a proposta. Por isso, a gestora lançou um pedido público de procurações.
Seu objetivo é se tornar a representante de um bloco relevante de minoritários na assembleia, e ter força para influenciar a votação. Um encontro de acionistas para discutir o assunto chegou a ser marcado para o fim de outubro, mas foi cancelado pela Dimed. A assembleia ainda não foi remarcada.
O capital social da Dimed é representado por 138 milhões de ONs e 13,5 milhões de PNs, sendo que 47,4% das ordinárias e 58,7% das preferenciais estão em circulação no mercado. A empresa de private equity Kinea é a maior preferencialista, com 32,6% desses papéis.
Veja o comunicado da Esh Capital.