Diluição de atuais acionistas da Gol será de até 9,9% com incorporação da Smiles
Os atuais acionistas da Gol (GOLL4) também serão afetados pelos planos da companhia de incorporar a Smiles (SMLS3), responsável pela gestão de seu programa de fidelidade. O cálculo da cúpula da Gol é que a diluição de seus atuais acionistas fique entre 2,9% e 9,9%.
A informação foi dada pelo vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Gol, Richard Lark Jr., a analistas e jornalistas, durante teleconferência realizada nesta terça-feira (8) para explicar a operação.
A faixa de estimativas é ampla, porque reflete as opções propostas aos acionistas da Smiles. O ponto de partida é que cada ação da empresa de milhagem poderá ser trocada por 0,825 ação preferencial da aérea, ou por R$ 22,32 em dinheiro.
A Gol, contudo, estabeleceu uma condição: nenhuma opção poderá representar mais de 80% do que o participante tem direito. Na prática, portanto, os acionistas da Smiles poderão optar por um máximo de 80% em dinheiro e 20% em ações da Gol, ou vice-versa.
Se todos os envolvidos optarem por receber o máximo de dinheiro e o mínimo de ações, a diluição dos atuais acionistas da Gol será de apenas 2,9%. Mas, se ocorrer o contrário, os atuais acionistas sofrerão uma diluição de 9,9%.
O xis da questão
Lark e o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, evitaram fornecer uma estimativa de quanto a Gol desembolsará, referente à parte em dinheiro envolvida na incorporação. Os executivos afirmaram, ainda, que aguardam a aprovação dos acionistas da Smiles e a manifestação de como desejam receber sua fatia, para poder traçar um cenário mais claro.
Segundo o cronograma proposta pela Gol, a assembleia geral de acionistas da Smiles seria realizada em 18 de fevereiro. Já a liquidação da operação ocorreria em 19 de abril.
Veja a apresentação da Gol na teleconferência com analistas.