Dificuldade de mineração da rede Bitcoin atinge maior alta desde 2014
A dificuldade de mineração da rede Bitcoin, uma medida da segurança da rede e quão difícil é competir pelas recompensas por bloco, foi ajustada para uma nova alta.
Fontes de dados da BTC.com e da Poolin mostram que a dificuldade de mineração do Bitcoin foi ajustada para 25,05 trilhões às 6h (horário de Brasília) desta quinta-feira (13) na altura do bloco 683.424, com um salto de 21,53% em relação ao recorde anterior, que também foi o maior aumento percentual desde julho de 2014.
A dificuldade de mineração do Bitcoin foi criada para se ajustar automaticamente a cada 2.016 blocos com base nos intervalos médios de produção de blocos ao longo do período que, geralmente, dura 14 dias.
Se o intervalo médio for menor do que dez minutos, o que sugere que existe mais taxa de hashes (processamento) durante o período, a rede irá aumentar a dificuldade como consequência do crescente nível de competição na rede.
De forma similar, se o intervalo médio entre blocos for maior do que dez minutos, a dificuldade da rede irá cair.
A última vez em que houve um ajuste de dificuldade na mineração de bitcoin acima de 21% foi em outubro de 2017, com 21,39%. Hoje, o salto na dificuldade foi o maior em sete anos e vem conforme a taxa de hashes da rede se recupera dos recentes incidentes na província chinesa de Xinjiang.
Acidentes de segurança em diversas minas de carvão na região nordeste da China aconteceram em meados de abril, fazendo com que usinas em Xinjiang desligassem o fornecimento de energia para centros de dados da região.
Como resultado, grande parte das operações de mineração de bitcoin na área ficaram off-line por uma semana antes de gradualmente voltarem à ativa em 22 de abril. Esse também foi um fator primordial por trás da queda de 12% na mineração no dia 2 de maio.
Mais especificamente, máquinas de mineração recém-enviadas de grandes fabricantes chinesas estão chegando ao mercado e sendo conectadas.
Ao todo, a taxa de hashes média entre 2 de maio e esta quinta-feira (13) foi de cerca de 179 exahashes por segundo (EH/s), que subiu 6% em comparação à alta anterior de 168 EH/s registrada entre 2 e 16 de abril.
Isso significa que, em média, cerca de 10 EH/s de poder computacional de novas máquinas foram fornecidas à rede no último mês. A quantidade de poder de hashing é igual a cem mil unidades de hardwares de mineração de bitcoin de última geração.
Neste momento, a criptomoeda está sendo negociada a US$ 49,7 mil.
Halving: a taxa de hashes da rede Bitcoin
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