Difícil apostar contra esta petroleira, diz BTG; banco reforça ‘compra’, apesar do preço da ação
O time de análise do BTG Pactual renovou sua confiança em uma empresa do setor de óleo e gás brasileiro.
O banco, após participar do Investor Day da PRIO (PRIO3), entende que a petroleira está em “uma posição única” dentro de seu setor: bem capitalizada, com uma forte curva de crescimento da produção e espaço para reduzir ainda mais os custos.
Na avaliação de Pedro Soares, Thiago Duarte e Bruno Lima, a PRIO deve aproveitar oportunidades “que ninguém mais pode”.
Ágil, flexível e diferenciada
Em evento com investidores, a PRIO reforçou que manteria sua estratégia de adquirir ativos com pouco ou nenhum risco exploratório e grande potencial para melhorar o fator de recuperação.
A administração também reiterou que o melhor hedge (proteção) para o futuro é reduzir os custos de extração da empresa, que devem estar em território de um dígito em breve.
“Isso deve soar como música para os ouvidos dos investidores e é um forte testemunho de que a empresa está muito focada em se tornar um dos players mais competitivos do setor, apesar de seus muitos projetos em andamento”, afirmam os analistas do BTG, em relatório divulgado nesta terça-feira (18).
O banco também chama atenção para a execução dos projetos da PRIO. Para os analistas, a companhia vem demonstrando cada vez mais que é capaz de executar projetos bem maiores com a mesma eficiência.
Segundo o BTG, a expertise adquirida pela petroleira nos últimos anos, somada ao sólido portfólio de ativos, deve permitir que ela execute três grandes projetos ao mesmo tempo: Albacora Leste, Frade e Wahoo.
Para completar, o BTG enxerga um diferencial importante na PRIO: a cultura corporativa.
“Reconhecemos que é uma métrica muito difícil de avaliar, mas acreditamos que será um fator-chave na capacidade da empresa de continuar extraindo mais com menos”, defende.
Mais aquisições pela frente
É difícil apostar contra a PRIO, diz o BTG. Em fusões e aquisições, o banco avalia que é apenas uma questão de tempo para a petroleira voltar às compras – e fazendo aquisições potencialmente grandes.
“Desde 2014, a empresa entrega pelo menos uma aquisição por ano, e muitas delas foram surpreendentes. Não achamos que isso vá mudar, e esperamos que a PRIO enfrente pouca concorrência de licitantes locais”, comentam Soares, Duarte e Lima.
Os analistas acreditam que, com as grandes petroleiras focadas em desenvolver novos ativos, a PRIO está muito bem posicionada para capturar outros ativos na Bacia de Campos, “oferecendo não só potencial de crescimento da produção, mas também a redução de custos […] decorrente de sinergias com seu portfólio atual”.
Mesmo com múltiplos elevados, PRIO3 é “compra”
O BTG reiterou recomendação de compra para a ação da PRIO, com preço-alvo de R$ 37.
O banco comenta que, apesar dos múltiplos de curto prazo da companhia estarem mais elevados do que os pares mais óbvios e dos riscos da tese de investimento, o espaço para surpresas operacionais se limita a “pequenos atrasos em alguns de seus projetos”, algo que “preservará um risco/retorno convincente para a tese”.
Na opinião dos analistas, vale pagar antecipadamente pelo crescimento da produção de longo prazo da PRIO.
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