Diesel mais caro: Preços de produtos e serviços podem subir junto com combustível; veja quais
Ontem à noite, a Petrobras (PETR4) pegou todo mundo de surpresa ao anunciar uma mudança nos preços dos combustíveis.
A empresa cortou o preço da gasolina em 4% (R$ 0,12) por litro para as distribuidoras; com isso, o preço médio será de R$ 2,81 por litro. Já o diesel aumentará 6,6% (R$ 0,25) por litro, que passará a ser de R$ 4,05 por litro.
Pelos cálculos de Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) de novembro deve registrar uma redução de -8bps graças à redução da gasolina. Já o impacto direto do diesel é quase nulo, uma vez que o produto não pesa tanto no índice.
Mas isso não significa que o consumidor não vai sentir a alta do combustível no bolso. “Indiretamente, o impacto [na inflação] é gigantesco em função da matriz de transportes de bens do país. No entanto, o seu repasse ao consumidor tem uma defasagem temporal maior e o coeficiente é mais incerto”, afirma.
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O que acontece é que existe uma “inflação escondida” nos produtos e serviços que leva em conta alguns fatores que compõe os preços, como câmbio e valor dos combustíveis. Ou seja, outros produtos e serviços também podem subir nas próximas graças ao aumento no diesel.
Inflação escondida do diesel: Os produtos e serviços que sobem junto
Transportes
Naturalmente, o primeiro setor que deve sentir a mudança nos preços é o de transportes. Com a alta do combustível, a tendência é que o preço de fretes rodoviários, aplicativos de motorista e passagens de ônibus de empresas particulares sejam reajustados também.
Como a Petrobras não revisou os preços do querosene de avião, as passagens aéreas devem seguir estáveis. Já as passagens de ônibus municipais e estaduais não devem sofrer alterações, uma vez dependem de decisões dos prefeitos e governadores e também têm uma oscilação menor.
Compras online
Com o frete mais alto, compras online e serviços de entrega também podem ver uma elevação nas taxas de entrega dos produtos.
Alimentos
O grupo de alimentos e bebidas também pode ver uma alta nos preços, uma vez que é um dos mais afetados pelas alterações nos combustíveis depois dos transportes.