Diante de cenário sombrio, Lagarde pede que ajuda da UE seja destravada
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, pediu aos líderes da União Europeia nesta quinta-feira que acabem com o impasse sobre o orçamento e destravem a ajuda para uma região que enfrenta forte impacto da segunda onda da pandemia de coronavírus.
O fundo de recuperação da UE de 750 bilhões de euros, vital para os países mais afetados pela pandemia, foi bloqueado por Hungria e Polônia esta semana, levantando o risco de que mesmo que um compromisso seja alcançado, os fundos serão atrasados.
“O pacote Próxima Geração da UE precisa se tornar operacional sem atraso”, disse Lagarde ao Comitê de Assuntos Monetários e Econômicos do Parlamento Europeu em audiência.
“A economia da Zona do Euro deve ser severamente afetada pelas consequências do aumento rápido nas infecções e a retomada de medidas de contenção, apresentando claro risco de baixa para o cenário econômico de curto prazo”, disse ela.
Com a zona do euro retornando a uma recessão neste trimestre, Lagarde repetiu a promessa de afrouxar a política monetária na reunião de 10 de dezembro do BCE, com medidas concentradas em mais compras emergenciais de títulos do governo e empréstimos baratos a bancos.
Lagarde argumentou que o trabalho do BCE será “preservar” os custos baixos de financiamento, indicação entendida por economistas como de que o BCE não está necessariamente buscando custos de empréstimo mais baixos, que já estão em mínimas recordes, mas garantir que essas condições persistam por mais tempo.