Dia do chocolate: Mais do que um docinho; entenda a importância do cacau nas exportações, vendas e inflação
Essa sexta-feira (7), marca o Dia Mundial do Chocolate. Ainda que não se saiba o motivo da escolha da data para celebração, muitos acreditam que ela marca a introdução do chocolate na Europa no século XV.
Nos três primeiros meses do ano, a indústria de chocolate do Brasil apresentou crescimento de 9,8%, de acordo com estudo encomendado pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab).
No total, foram produzidas 219 mil toneladas, ante 199 mil produzidas nos três primeiros meses de 2022.
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Em 2022, o volume produzido atingiu 760 mil toneladas, o que indica um crescimento de 8%, em comparação à produção registrada em 2021, que alcançou 701 mil toneladas.
Para a entidade, o setor de chocolates está assumindo cada vez mais uma posição de grande relevância para a economia brasileira.
Exportações de chocolate e cacau
Segundo dados da Secex, o Brasil exportou 17,5 mil toneladas de chocolate nos primeiros 6 meses de 2023, que corresponde US$ 71,8 milhões.
Os números refletiram também um resultado positivo da balança comercial do produto, que atingiu 9,1 mil toneladas, equivalente a US$ 6,5 milhões até o mês de junho deste ano.
Quando olhamos para o cacau, principal matéria-prima do produto, foram registradas 11 mil toneladas exportadas pelo Brasil nos primeiros três meses do ano, com a Argentina realizando 39% dessas compras.
Assim, o destaque fica para Bahia, que responde por 98% do volume exportado com a fruta pelo Brasil.
No ano passado, as exportações de cacau totalizaram US$ 228 milhões, enquanto os embarques de chocolate ficaram em US$ 142 milhões, melhor resultado em 20 anos.
Datas comemorativas e inflação
Algumas datas são essenciais para movimentar o comércio do chocolate e 2023 vem sendo um bom ano para as vendas.
No Dia dos Namorados, as vendas cresceram 12%, e no dia das mães, o setor apresentou um acréscimo de 23% na comparação com o ano passado.
Por outro lado, o preço do chocolate conta com a maior inflação em seis anos, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em maio, os preços dos chocolates em barra e bombons registraram, em média, alta de 11,04% em 12 meses.
Por fim, ao longo de 2023, o preço do cacau subiu cerca de 21%, com a fruta convivendo com um déficit de oferta em 2022 e 2023, além de uma menor produção devido a questões climáticas e doenças em plantações.