Dexco (DXCO3) atingiu o “ponto mais baixo” do ano no 2T22? Para BTG, é bem provável que sim
Os resultados do segundo trimestre da Dexco (DXCO3) não foram brilhantes, na avaliação de analistas do mercado.
Em relatório publicado na semana passada pela Ágora Investimentos, o Bradesco BBI classifica o balanço como misto, com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente de R$ 446 milhões acima do esperado, mas margens pressionadas, principalmente dos painéis de madeira, por conta da inflação e de um mix de produtos mais fracos no Brasil.
O BBI também destaca que os preços da Deca diminuíram no trimestre, impactados por um mix sazonalmente mais fraco, embora os resultados tenham sido, no geral, mais fortes em relação ao primeiro trimestre graças a custos unitários mais baixos e volumes mais fortes.
Na avaliação do BTG Pactual (BPAC11), o segundo trimestre provavelmente foi o “ponto mais fraco do ano” para a Dexco.
O banco afirma que os resultados da companhia foram fortemente impactados pela disparada dos preços das commodities durante o trimestre, o que levou a uma significativa inflação de custos.
No entanto, os preços de resinas e metais, como outras commodities, foram corrigidos rapidamente, terminando o segundo trimestre a patamares bem menores, acrescenta.
“Então, em nossa visão, o segundo trimestre foi provavelmente o ponto mais fraco do ano, e o Ebitda do terceiro trimestre deve ver uma retomada a níveis acima de R$ 500 milhões, apoiado por menores pressões de custos”, afirmam os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, em relatório publicado quarta-feira (27) passada, logo após a divulgação dos resultados da Dexco.
O BTG ainda enxerga como plausível um Ebitda de aproximadamente R$ 2 bilhões para a Dexco em 2022, e com o resultado permanecendo bem acima dos níveis pré-pandêmicos daqui para frente.
Investir em DXCO3?
O BTG tem recomendação de compra para as ações da Dexco, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 18.
Além do valuation barato, o banco destaca que a empresa, ainda orientada pelo mercado doméstico, está migrando de forma gradual para uma história com foco no consumidor.
Essa mudança de direcionamento pode ganhar impulso com o ciclo de crescimento que se aproxima, depois que a companhia anunciou cerca de R$ 2,5 bilhões em investimentos que podem valer R$ 4-5/ação – e não estão precificados, destacam os analistas.
“O mercado está tentando antecipar a ‘normalização’ dos resultados para níveis de 2018-2019, o que não vemos acontecendo, e enxergamos os próximos projetos de crescimento mais que mitigando qualquer potencial enfraquecimento da indústria para o Ebitda”, completam Correa e Greiner.
O BBI continua gostando da história de longo prazo da Dexco, mas mantém recomendação neutra para os papéis por conta das incertezas macro no Brasil e da alta exposição da companhia à atividade de construção no varejo.
Apesar dos desafios no curto prazo, a Eleven entende que os projetos de expansão de longo prazo da Dexco trarão aumento de eficiência e participação de mercado para a empresa, e por isso tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 26 para a ação (potencial de alta de 165% em relação ao preço do último fechamento).
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