Devido a ordem judicial, corretora Binance terá de rastrear criptomoedas hackeadas de uma conta
Um tribunal britânico ordenou que a corretora Binance rastreasse criptomoedas hackeadas de um de seus usuários, Fetch.ai, segundo uma ordem judicial publicada nesta sexta-feira (13).
De acordo com os documentos, hackers acessaram as contas cripto na Binance do Fetch.ai, vendendo ativos avaliados em US$ 2,6 milhões para uma conta conectada, mas por uma fração de seu valor para evitar restrições de saque.
A ordem exige que a Binance encontre e congele as criptomoedas em questão se estiverem na plataforma. Aparentemente, a notificação da Binance foi sobre como Fetch.ai ficou sabendo do hack.
Na ordem, o juiz negou a necessidade de considerar a posse das chaves privadas e reforçou os direitos de propriedade do Fetch.ai sobre as criptomoedas em questão:
Estou convencido de que os ativos creditados às contas na Binance Exchange do primeiro requerente são considerados como propriedade sob a lei inglesa.
Além da controvérsia referente aos hacks a corretoras centralizadas, qualquer interação entre as autoridades e a Binance gera curiosidade.
Binance, a maior corretora de criptomoedas do mundo, sempre foi conhecida por evitar problemas jurídicos, apesar de estar enfrentando desafios regulatórios em diversos países ao redor do mundo, incluindo no Reino Unido.
A corretora também esteve envolvida em enormes saques de fundos ilícitos, com relatos de que o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) começou a investigar a corretora para entender se a Binance é um vetor (facilitador) para a lavagem de dinheiro.
Mesmo nesse caso, o juiz destacou:
Binance Holdings Limited que, assim como eu havia explicado, não está registrada e, aparentemente, não possui presença na jurisdição da Inglaterra e de Wales.