Economia

Deutsche Bank diz que PIB global deve atingir níveis pré-Covid em meados de 2021

21 set 2020, 10:08 - atualizado em 21 set 2020, 10:08
Agência do Deutsche Bank
‘V de Voltando”: para o Deutsche Bank, economia se recuperará rapidamente (Imagem: REUTERS/ Andrew Kelly)

A produção econômica mundial retornará aos níveis pré-pandemia em meados de 2021, após uma recuperação econômica mais forte do que o esperado nos últimos meses, disse o Deutsche Bank nesta segunda-feira (21), mas os níveis de dívida aumentaram e uma mudança nas políticas monetárias pode aumentar o risco de uma crise financeira.

“A recuperação econômica global diante das profundezas da crise da Covid-19… avançou significativamente mais rápido do que imaginávamos”, escreveu Peter Hooper, chefe global de pesquisa econômica do Deutsche em nota a clientes.

“À medida que o terceiro trimestre se aproxima do fim, estimamos que o nível do PIB global tenha andado cerca de metade do caminho de volta a seu nível anterior ao vírus, e agora vemos essa jornada sendo concluída em meados do próximo ano, alguns trimestres antes da nossa previsão anterior.”

O Deutsche Bank elevou sua projeção para o PIB global, esperando contração de 3,9% este ano, depois de prever em maio uma perda de 5,9% em 2020. Para 2021, o Deutsche aumentou sua projeção de crescimento de 5,3% para 5,6%.

No entanto, também há muita incerteza e problemas potenciais à frente, acrescentou Hooper.

Os temores sobre a segunda onda de infecções ganhando impulso nos Estados Unidos e na Europa aumentavam a incerteza sobre as perspectivas econômicas, com a eleição dos EUA “acirrada demais” somando-se à mistura. Enquanto isso, na Europa, o choque de um possível Brexit sem acordo era um risco, disse o Deutsche.

Enquanto isso, “a expansão da dívida e a potencial supervalorização dos ativos que têm sido alimentadas por uma política monetária necessariamente super flexível apresenta o sério risco de uma iminente crise financeira global, à medida que os bancos centrais começam a se afastar da política frouxa”, escreveu Hooper. “Qualquer surpresa de alta para a inflação aumentaria esse risco.”