Detento de 73 anos é primeira morte por coronavírus em presídios do país
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informou nesta sexta-feira que um detento de 73 anos morreu em decorrência do novo coronavírus em uma unidade prisional do Rio de Janeiro onde cumpria pena em regime fechado, confirmando a primeira morte por Covid-19 em presídios do país.
O detento morreu na quarta-feira em um instituo penal da capital fluminense. A unidade onde ele estava detido é voltada para presos da terceira idade, e o idoso chegou a ser atendido duas vezes em uma unidade médica prisional com problemas de saúde.
“A unidade em que o preso se encontrava já está isolada e todos os atendimentos médicos, quando necessários, estão sendo realizados no local”, informou o Depen, citando informações obtidas com a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro.
O Instituto Penal Cândido Mendes, onde o detento estava preso, tem capacidade para 246 internos, mas, no momento, está com 305 presos, segundo o Depen. No Brasil como um todo, há ao menos 54 casos confirmados da doença em presídios, e 181 em investigação.
O Rio de Janeiro já havia adotado medidas preventivas para evitar o risco de espalhamento da doença no sistema penitenciário fluminense. Uma das medidas era a suspensão de visitas e a adoção de critérios e regras especiais para o contato entre presos e advogados na cadeia.
A Justiça do Rio de Janeiro já tinha autorizado que presos em regime aberto e semiaberto pudessem permanecer em casa e longe das prisões até o fim desse mês para evitar o risco de contaminação nas unidades.
Na segunda-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que a situação da população carcerária em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus estava “sob controle”.
Segundo dados do Depen, o Brasil encerrou 2019 com cerca de 748 mil presos. O Estado do Rio de Janeiro tinha mais de 50 mil detentos no ano passado.