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Destroços de foguete em direção à Lua são da China, não da SpaceX, afirma Nasa

15 fev 2022, 14:36 - atualizado em 15 fev 2022, 14:36
Long March 6
Destroços do foguete Long March 6 da China em rota de colisão com a Lua (Imagem: Reprodução/The Virtual Telescope Project)

Após acusações da China de que a SpaceX estava colocando em risco estações internacionais de observação espacial, a empresa do bilionário Elon Musk foi culpada pelos destroços de um foguete em rota de colisão com a Lua. Porém, novos estudos mostraram que o caso não é bem o que parece.

Em janeiro deste ano, o astrônomo Bill Gray identificou que destroços do foguete Falcon 9 da empresa norte-americana entraria em colisão com a Lua no início de março. No entanto, após refazer seus cálculos, foi constatado que os estágios da aeronave em direção ao satélite natural são, na verdade, da China.

O erro nos cálculos da trajetória foi apontado por Jon Giorgini, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. Após reavaliar as imagens obtidas através de um software de observação espacial e refazer os cálculos, Gray notou que os destroços eram de um dos foguetes lançados na missão chinesa Chang’e 5-T1, que ocorreu em 2014, à Lua.

O trajeto, local da colisão, a região da cratera de Hertzsprung, assim como sua data, no dia 4 de março, foram mantidos. O objeto identificado como WE0913A foi encontrado inicialmente em 2015 após o lançamento do satélite Deep Space Climate Observatory, com um foguete Falcon 9, da SpaceX.

A empresa de Musk tem passado por uma série de críticas por parte de órgãos internacionais e especialistas em navegação espacial. Até mesmo a própria Nasa alertou a organização sobre a sua geração de lixo no espaço e como alguns de seus satélites poderiam atrapalhar (e ameaçar) estações internacionais.