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Destino da Huawei nos EUA será decidido nas próximas semanas

12 fev 2019, 17:27 - atualizado em 12 fev 2019, 17:27
(Divulgação)

Nas próximas semanas, a empresa de tecnologia chinesa Huawei, deverá tomar grandes decisões sobre dois casos em que está acusada. Paralelo a eles, o governo dos Estados Unidos está criando uma medida executiva para que as empresas do país diminuam o uso dos produtos de telecomunicação feitos na China, destaca a CNBC.

A proibição deve focar nos aparelhos que permitem o uso do 5G, a próxima geração de internet sem fio, que promete ser muito mais rápida que as anteriores. O governo Donald Trump tem como proposta bater de frente com a produção da China fazendo os seus próprios aparelhos. Caso a medida seja aprovada no começo de março, os acordos entre os EUA e China ficarão cada vez mais complicados.

A extradição do Canadá

Em dezembro de 2017 a CFO da Huawei, Meng Wanzhou, foi presa no Canadá por suspeitas de violar sanções comerciais feitas com EUA ao vender produtos para o Irã . Após pagar a fiança, a filha do fundador da empresa continuou no país a espera da extradição para a China, que ainda não aconteceu.

O Departamento de Justiça do Canadá tem até o dia 1º de março para decidir se irá dar o próximo passo para permitir que a justiça comece a ouvir os lados a favor e contra a extradição da empresária. Se essa for a decisão, a Suprema Corte da Colúmbia Britânica ficará encarregada de marcará a audição, de acordo com o ministro de justiça canadense.

Para o Canadá, o caso pode tomar grandes proporções, incluindo a quebra de contratos comerciais com a China, e ainda a expulsão de canadenses do país asiático. Sabendo disso, para o Canadá seria mais interessante um acordo com a China, o que pode mudar a situação para os Estados Unidos.

Roubo de propriedade T-Mobile

Está marcada para o dia 28 de fevereiro, uma audiência na corte de Seattle para a Huawei responder às acusações de roubo de propriedade feitas pela empresa T-Mobile. A empresa chinesa alegou que o caso já foi solucionado em 2017, quando um juiz concedeu a empresa americana 4.8 milhões em razão do problema.

O caso tomou grande proporção pois o Governo Federal dos Estados Unidos alegou que a Huawei está espionando as atividades do país a mais de uma década. No caso da T-Mobile, essa espionagem iria desde os engenheiros até os diretores da empresa, a colocando em risco.