LWSA (LWSA3) salta 19% e Hapvida (HAPV3) lidera as perdas; veja os destaques do Ibovespa na semana

O Ibovespa completou a segunda semana consecutiva de ganhos, apesar da crescente aversão a risco no exterior (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

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O Ibovespa (IBOV) teve a semana consecutiva de ganhos, driblando a aversão a risco do exterior com a escalada da guerra tarifária entre os Estados Unidos e China. A semana também foi mais curta por conta da Sexta-feira Santa (18).

O principal índice da bolsa brasileira acumulou alta de 1,54% nos últimos cinco pregões e encerrou a sessão da sexta-feira (17) no nível dos 129 mil pontos. 

Já o dólar à vista (USBRL) terminou a R$ 5,8037. Na semana, a divisa acumulou recuo de 1,14%.

No cenário doméstico, os investidores reagiram ao Orçamento de 2026, apresentado pelo governo na noite de ontem (15).

O projeto prevê uma meta de superávit primário de 0,25% do PIB, com uma faixa de tolerância que vai de zero até 0,50% do PIB, o que corresponde a R$ 68,5 bilhões.

Na prática, o governo estima um superávit de R$ 38,2 bilhões em 2026, dos quais R$ 34,3 bilhões estariam dentro da meta.

“A percepção é de que as propostas de aumento de arrecadação podem estar sobrestimadas e sejam insuficientes para cobrir as despesas do governo médio prazo”, disse Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.

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No exterior, o plano tarifário dos Estados Unidos, anunciado pelo presidente Donald Trump em 2 de abril, continuou a dominar os mercados. Durante a semana, a tensão entre EUA e China aumentou.

Na última terça-feira (15), a China ordenou que as suas companhias aéreas não recebam mais jatos da empresa norte-americana Boeing, em uma nova retaliação às tarifas impostas por Trump.

Em resposta, a Casa Branca ‘corrigiu’ as tarifas recíprocas contra os produtos chineses de 145% para 245% e anunciou restrições ao comércio de semicondutores,  que deve custar mais de R$ 5 bilhões para a Nvidia.

Os investidores também monitoram possíveis acordos. Entre os focos, autoridades dos EUA e do Japão avançaram nas negociações na última quinta-feira (17). Em coletiva de imprensa, Trump disse que não tem pressa para finalizar acordos e que espera fazer “um bom acordo” com a China. 

Sobe e desce do Ibovespa

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por LWSA (LWSA3) e Yduqs (YDUQ3).

No caso da educacional, os ganhos foi impulsionado pela elevação da recomendação da ação de neutra para compra pelo JP Morgan.

A equipe de analistas composta por Marcelo Santos, Jéssica Mehler e Livea Mizobata passou a favorecer Yduqs entre os nomes mais líquidos do setor de educação, tendo em vista sua maior visibilidade na geração de fluxo de caixa livre para 2025, gerando um retorno maior, de 13,5%, ante 9,3% da Cogna (COGN3).

Confira a seguir as maiores altas do Ibovespa entre 14 a 17 de abril:

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Já a ponta negativa foi liderada por Hapvida (HAPV3).

Sem notícias recentes sobre as companhias, os papéis foram pressionados pela abertura dos juros na curva brasileira e movimentos de realizações de ganhos recentes na bolsa brasileira — em meio à aversão a risco mundial.

Na última quarta-feira (16), na atualização mais recente, o mercado de opções de Copom da B3 precificava 73,50% de probabilidade de alta de 50 pontos-base da Selic em maio (ante 66,00% na véspera), 13,00% de chances de alta de 25 pontos-base (17,00% na véspera) e 7,00% de possibilidade de manutenção (9,50% na véspera).

Atualmente a Selic está em 14,25% ao ano.

Veja as maiores quedas do Ibovespa na semana: