JBS (JBSS3) dispara quase 26%, enquanto Petz (PETZ3) lidera as perdas — veja o que foi destaque no Ibovespa na semana

O Ibovespa (IBOV) saltou pela terceira semana consecutiva, em meio a decisões de política monetária nos Estados Unidos e continuidade da temporada de balanços corporativos referentes ao quarto trimestre de 2024 (4T24).
O principal índice da bolsa brasileira acumulou alta de 2,63% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão no maior nível do ano, aos 132 mil pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) terminou a R$ 5,7433. Na semana, a divisa acumulou baixa de 0,81%.
O cenário doméstico dominou o apetite ao risco dos investidores, em uma semana recheada de dados econômicos.
O destaque da semana foi a decisão sobre os juros. o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic para 14,25% ao ano — cumprindo o guidance dado em dezembro. No comunicado, o colegiado do Banco Central sinalizou uma nova alta na taxa básica de juros na próxima reunião, em maio.
Além disso, os investidores repercutiram o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). Considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o índice registrou alta de 0,89% em janeiro sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado, e ficou bem acima da expectativa do mercado.
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No exterior, a política monetária também concentrou as atenções. O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) manteve as taxas inalteradas, no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano. Também manteve a projeção de dois cortes, de 25 pontos-base, nos juros em 2025 no gráfico de pontos (dot plot)— enquanto o mercado esperava uma revisão para apenas um corte.
As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuaram nos holofotes. As taxas recíprocas devem entrar em vigor em 2 de abril.
Sobe e desce do Ibovespa
A ponta positiva do Ibovespa foi liderada por JBS (JBSS3),m em reação ao acordo com o BNDES — considerado mais um passo em direção à listagem dos papéis da companhia nos Estados Unidos. Os frigoríficos aproveitaram a ‘onda’ de valorização e ganharam força durante a semana.
A Azzas 2154 (AZZA3) também foi do ‘céu ao inferno’ na semana com rumores de cisão dos negócios e resultados do quarto trimestre (4T24) abaixo do esperado.
Mas ao longo da semana, os papéis recuperaram as perdas e subiram mais de 11% após a empresa negar um possível ‘divórcio’ entre os os dois principais acionistas — e gestores da companhia — Alexandre Birman e Roberto Jatahy.
Para o Citi, as notícias recentes sobre divergências entre Birman, o CEO da Azzas, e Jatahy, que é responsável pela moda feminina do grupo e liderava o Grupo Soma, não são novidades.
Confira a seguir as maiores altas do Ibovespa entre 17 a 21 de março:
CÓDIGO | NOME | VARIAÇÃO SEMANAL |
JBSS3 | JBS ON | 25,91% |
MRFG3 | Marfrig ON | 19,33% |
AZZA3 | Azzas 2154 S.A. | 11,63% |
VAMO3 | Vamos ON | 10,63% |
BEEF3 | Minerva ON | 10,43% |
BRFS3 | BRF ON | 9,50% |
BRAV3 | Brava Energia ON | 9,15% |
COGN3 | Cogna ON | 7,43% |
IRBR3 | IRB Re ON | 7,11% |
VIVA3 | Vivara ON | 6,89% |
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Já a ponta negativa foi liderada por Petz (PETZ3), com os investidores repercutindo os números do balanço do 4T24. A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 43,1 milhões no quarto trimestre de 2024, ante resultado positivo de R$ 5,1 milhões no mesmo período em 2023.
Na avaliação do Santander, o balanço da Petz mostrou tendência de melhora, com avanço no equilíbrio entre os canais de vendas e uma expansão de margem que era muito aguardada.
Já para para o BTG Pactual, o grande foco agora é a fusão com a Cobasi, anunciada no ano passado.
Veja as maiores quedas do Ibovespa na semana:
CÓDIGO | NOME | VARSEM |
PETZ3 | Petz ON | -8,84% |
CXSE3 | Caixa Seguridade ON | -4,73% |
AMOB3 | Automob ON | -3,57% |
ENEV3 | Eneva ON | -2,94% |
VIVT3 | Telefônica Brasil ON | -2,42% |
B3SA3 | B3 ON | -2,41% |
CVCB3 | CVC ON | -1,98% |
EZTC3 | EZTEC ON | -1,85% |
CMIG4 | Cemig PN | -1,64% |
AZUL4 | Azul PN | -1,59% |