Despoluição do rio Pinheiros pode receber recursos do BNDES, diz Doria
O governador do Estado de São Paulo, João Doria, disse nesta sexta-feira que o projeto de despoluição do Rio Pinheiros, que corta a capital paulista, pode receber um investimento privado adicional de 3 bilhões de reais, além dos 1,5 bilhão de reais já anunciados.
“Esses recursos podem vir de investidores com quem falamos em visitas recentes a Londres e a China”, disse Doria a jornalistas.
O governador garantiu que entregará o rio, que já foi alvo de vários projetos de despoluição anunciados nas últimas décadas e que não tiveram o sucesso desejado, limpo até o fim de 2022.
“Não tenho medo de dizer que vou entregar o Rio Pinheiros limpo no fim do meu mandato”, disse.
O projeto de limpeza do Rio Pinheiros recebeu interesse de empresas chinesas que fizeram trabalhos similares no país asiático, disse Doria. Pelos planos do governo paulista, as prestadoras do serviço terão metas de atingir determinados níveis de despoluição do rio e só receberão pelo serviço se atingirem os objetivos.
Uma das empresas que participará do projeto é a companhia estadual de água e esgoto Sabesp. Executivos da empresa afirmaram mais cedo que a companhia vai antecipar alguns investimentos previstos em plano de cerca de 1,5 bilhão de reais para despoluição, mas não deram detalhes de valores.
“Para a Sabesp caberá fazer investimentos na coleta de esgoto e transporte para estação de tratamento. Existe impossibilidade de coletar todo o esgoto em áreas não regulares e serão construídas estações nas proximidades destas áreas para melhorar os córregos que desembocam no Pinheiros”, afirmou o diretor financeiro da companhia, Rui Affonso, durante teleconferência com analistas e jornalistas.
“Os investimentos já estavam previstos no plano no PPI (Plano Plurianual de Investimentos) da companhia, fizemos reprogramação com algumas antecipações”, afirmou o executivo.