BusinessTimes

Desgraça da Boeing cria uma oportunidade para a IAG

21 mar 2019, 9:43 - atualizado em 21 mar 2019, 17:57
As acções da Norwegian Air Shuttle caíram 22%

Por Investing.com

A proibição dos aviões 737 MAX da Boeing está causando dores de cabeça para as companhias aéreas que rapidamente confiaram neles. Para uma companhia aérea em particular, pode até custar sua independência.

Algo parecido com o que aconteceu no último ciclo de alta da Bolsa está prestes a se repetir. Veja como é possível ganhar ate +2.691% com estes ativos

Ibovespa pode ter 2 estreantes em abril; Taurus entra no IBrX 100

As ações da Norwegian Air Shuttle (OL:NWC), que tentou reviver o modelo de vôos transatlânticos com desconto, caíram cerca de 22% desde o desastre da Ethiopia Airlines. O 737 MAX representa 11% da frota de 164 da Norwegian, e a companhia aérea esperava ter mais de 70 deles até o final de 2021. O CEO da Norwegian já sinalizou que buscará indenização da Boeing (NYSE:BA).

A Boeing informou às companhias aéreas que espera lançar uma atualização de software para o sistema de controle de voo do 737 MAX até o final do mês, informou a BBC na terça-feira. Se conseguir cumprir esse prazo, a empresa norueguesa pode razoavelmente esperar que seus aviões vão voar novamente antes das férias da Páscoa.

Mas se eles ficarem ficarem em terra na estação turística de verão, o custo em termos de perda de receita e arrendamento de curto prazo de aviões de reposição será dolorosamente alto.

Aviões ociosos aumentam a pressão sobre a companhia norueguesa, que já está lutando para tornar rentável seu modelo de desconto para vôos de longa distância. Seu prejuízo operacional quase dobrou para 3,85 bilhões de coroas norueguesas (US$ 450 milhões) no ano passado, já que um ambiente de intensa concorrência e excesso de capacidade a impediu de repassar o custo dos preços mais altos dos combustíveis.

IAG tem interesse em levantar 3 bilhões de coroas e capital (Divulgação/Boeing)

A empresa teve que levantar 3 bilhões de coroas em capital novo com um grande desconto em fevereiro, depois que a IAG, da British Airways, se afastou de uma potencial aquisição. O chefe executivo norueguês, Bjørn Kjos, rejeitou duas ofertas do IAG por desvalorizar o negócio.

O diretor executivo do IAG, Willie Walsh, não descartou a possibilidade de fazer uma terceira oferta, mas disse há duas semanas atrás que era “improvável”.

Mas com a Norwegian agora 84% abaixo do preço de NOK 330 que tinha quando o IAG deixou as negociações levanta a questão sobre se os donos da BA e da Iberia, na Espanha, podem ficar tentados a retornar à mesa. A ação é metade do preço que era quando a IAG a considerou interessante (mesmo que a emissão de direitos tenha aumentado o número de ações em circulação).

Com um valor de mercado de apenas NOK 6,31 bilhões, a companhia aérea poderia representar uma opção muito barata para o IAG fortalecer sua posição na rota transatlântica principal. A questão para Walsh é se ela ficará ainda mais barato se o 737 MAX ficar parado por mais tempo do que a Boeing diz.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.