Desestatização da Sabesp não depende só de novo marco regulatório, diz Valor
Desde o início do ano, o mercado se mostra otimista para a privatização da Sabesp, principalmente pelo posicionamento do governador paulista, João Doria (PSDB). Apesar disso, o Valor Econômico desta sexta-feira destaca que ainda existem muitas barreiras a serem superadas para a venda da companhia de água e esgoto, independentemente da opção pela capitalização ou venda do controle.
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No acumulado do ano, com Doria anunciando a intenção de privatizar a companhias, a valorização acumulada dos papéis é de quase 50%. No entanto, com a Medida Provisória 868 perdendo a validade, a opção da privatização, que é a preferida pelo mercado, perdeu força.
Apesar disso, a venda da companhia ainda está na pauta de Doria. A equipe do governador de São Paulo ainda espera o avanço do projeto de lei que regulamenta o setor. O texto já foi aprovado pelo Senado e aguarda para ser apreciado na Câmara. A redação do projeto de lei altera o marco regulatório e viabiliza a privatização de estatais.
O problema, destaca o jornal, é que a discussão na Câmara tende a ser demorada. Por isso, o governo paulista não deve esperar muito para definir que caminho irá tomar, definindo um modelo caso a votação fique estacionada.
Apesar disso, analistas ouvidos pelo Valor destacam que, mesmo com o marco legal sendo aprovado, pelo menos três outros problemas ainda precisarão ser superados para a privatização:
Mesmo que o novo marco legal seja aprovado, analistas de mercado, advogados e executivos de empresas do setor apontam ao menos três outros grandes desafios para a privatização, sendo eles o aval da Assembleia Legislativa, a aprovação das mudanças com as prefeituras que a companhia em contrato e também a estrutura do edital de desestatização.