Economia

Desencantou? Haddad perde voto de confiança do mercado; entenda

22 nov 2023, 12:28 - atualizado em 22 nov 2023, 12:28
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O número de analistas e economistas que avaliam o trabalho de Haddad como positivo caiu de 46% em setembro para 43% em novembro. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Desde que foi anunciado como ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem trabalhando para conquistar o mercado. No primeiro semestre, os economistas até estavam satisfeitos com as medidas para aumentar arrecadação, reforma tributária e de arcabouço fiscal.

No entanto, segundo um levantamento realizado pela Genial Investimentos e a Quaest, a avaliação de Haddad está caindo no mercado financeiro.

O número de analistas e economistas que avaliam o trabalho de Haddad como positivo caiu de 46% em setembro para 43% em novembro. Além disso, as avaliações negativa e regular estão em 24% e 33%, respectivamente.

A perda recente de confiança no mercado se deu após a polêmica sobre o déficit fiscal. Para 39% dos entrevistados, a força de Haddad está menor que há dois meses após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que não consiguirá cumprir a meta de zerar o déficit público em 2024.

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A questão da política fiscal também vem tirando o sono dos economistas. Para 77% deles, a falta de uma política de controle de gastos públicos que funcione é o principal problema que dificulta a melhora da economia atualmente. Foi um salto de 20 pontos percentuais em relação a setembro.

Vale lembrar que Haddad conseguiu convencer Lula a deixar o debate de revisão da meta fiscal para o ano que vem. O presidente decidiu que não dará seu aval a nenhuma emenda ao relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que proponha mudanças na meta de déficit zero. A alteração da meta tinha apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, além da ala mais radical do PT.

Mercado está com pé atrás com a economia

A expectativa dos analistas com a economia também voltou a piorar. Para a maioria (55%), as projeções pioraram para os próximos 12 meses, se aproximando do patamar de 61%, visto no mês de maio.

Já a porcentagem daqueles que esperam por uma melhora da economia durante o próximo ano do governo Lula caiu de 36% para 21% entre setembro e novembro.

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