Desempenho do Magazine Luiza causa inveja e ações ainda podem saltar 31%
Muito antes da pandemia de coronavírus bater às portas, o Magazine Luiza (MGLU3) já dominava o segmento de e-commerce, que acabou sendo a única forma de vender no período auge de isolamento social no Brasil.
Acontece que o balanço da varejista no terceiro trimestre surpreendeu o mercado em todas as suas frentes de atuação.
De carona na explosão do comércio eletrônico deflagrada pela Covid-19, o Magazine Luiza viu seu lucro líquido ajustado atingir R$ 215,9 milhões no intervalo de julho a setembro, um salto de 69,6% sobre um ano antes.
Com destaque para o crescimento de 18% nas vendas do varejo físico, a equipe da XP Investimentos comemorou. “Nós esperamos uma reação positiva do mercado, dado que a companhia entregou resultados muito fortes tanto no físico como no digital”.
Ainda assim, o analista Marco Nardini manteve uma recomendação neutra para (MGLU3), com preço-alvo a R$ 20 por ação até o final de 2020. “Vemos o valuation como justo nos níveis atuais”, justifica o analista.
Já o BB Investimentos é mais otimista com o desempenho futuro dos papéis da Magalu. No que se refere à alavancagem financeira da companhia, a gestora vê uma situação de caixa líquido em R$ 1,2 bilhão, ante R$ 685 milhões no 3° trimestre de 2019.
Com isso, a empresa se mantém em uma posição confortável para seguir realizando investimentos necessários para implementar seu planejamento estratégico.
“Favorecida pela força do seu ecossistema de vendas e robusto desempenho econômico-financeiro, desde o início do ano os papéis têm descolado da performance do Ibovespa (IBOV) e apresentado variações muito superiores ao índice, como se a pandemia tivesse apenas passado pela porta da frente, sem grandes interferências em seus negócios”, destaca a analista Georgia Jorge.
Diante de tal cenário, o BB Investimentos revisou o preço-alvo de (MGLU3) para R$ 34,70, mantendo a recomendação de compra. Considerando a cotação da ação no dia 9 de novembro a R$ 26,45, há portanto um espaço de valorização de 31,2%.