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Desejo de mudança dos brasileiros transforma o mercado imobiliário; entenda

08 dez 2024, 12:00 - atualizado em 04 dez 2024, 11:24
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Toda mudança de comportamento dos moradores traz vantagens e desvantagens para as construtoras. Veja os impactos para o mercado imobiliário. (Imagem: Bigc Studio/Canva Pro)

O brasileiro quer mudança. Segundo pesquisa da Loft, mais de 60% dos brasileiros consideram a possibilidade de se mudar de imóvel nos próximos dois anos. Esse dado reflete uma transformação nas prioridades e necessidades da população, influenciando o comportamento no mercado imobiliário.

A busca por melhor qualidade de vida, segurança e acessibilidade econômica são os principais motivadores dessa tendência, especialmente entre os clientes do segmento econômico do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Logo, é importante entender o porquê desse desejo e como as empresas devem se preparar.

O que impulsiona a intenção de mudança de um imóvel

A busca por um lugar melhor para viver é o primeiro motivo que leva à mudança. Muitos desejam se afastar de centros urbanos superlotados e caros, onde enfrentam problemas como violência e falta de áreas verdes — visto que 36,2% querem mudar de bairro, mas permanecer na mesma cidade.

Assim, a possibilidade de encontrar moradias em regiões mais tranquilas, com maior contato com a natureza e comunidades seguras, torna-se um grande atrativo.

O peso no bolso também influencia. Com a inflação e o alto custo dos imóveis nas capitais, famílias estão optando por cidades periféricas ou menores. Nessas localidades, elas podem acessar imóveis com melhor custo-benefício, muitas vezes conseguindo mais espaço e infraestrutura adequada. E o melhor: sem comprometer o orçamento familiar.

Ainda, a flexibilização do trabalho em alguns setores, especialmente após a pandemia, e a valorização do contato com a família incentivam a procura por locais onde é possível conciliaras necessidades de moradia com a proximidade de parentes e amigos. A possibilidade de adotar uma rotina menos estressante tem sido um fator determinante na decisão.

Como isso surge como oportunidade para o setor imobiliário

Toda mudança de comportamento dos moradores traz vantagens e desvantagens para as construtoras — e cabe a cada um escolher qual lado quer olhar. Por aqui, escolho o lado otimista.

Dessa forma, vendo as demandas da população, é interessante que as empresas foquem em investir em áreas com potencial de valorização, próximas a grandes centros, como cidades metropolitanas e polos de desenvolvimento econômico.

Nessas regiões, o custo de terreno e construção ainda é menor e oferecem acesso a serviços e infraestrutura. Esse posicionamento permite atender quem busca melhor qualidade de vida com um ticket mais acessível e com maior potencial de retorno.

Aqui, a parceria com o setor público vem bem a calhar. As companhias podem criar parcerias com prefeituras e entidades locais para oferecer incentivos e benefícios a novos moradores, como condições especiais de financiamento. Isso reduz barreiras de entrada para os clientes do MCMV, aumenta a compra de imóveis e auxilia na economia local.

Outra alternativa para captar o olhar de quem pretende se mudar é o investimento na infraestrutura dos condomínios. Exemplo disso é o que acontece na BRZ, em que desenvolvemos projetos que oferecem áreas de lazer bem planejadas, segurança e infraestrutura para trabalho remoto, como coworkings e espaços comuns. Tais características agregam valor percebido e permitem a precificação competitiva, o que aumenta a margem de lucro sem que o custo da obra aumente.

No mundo corporativo, mudança é sinônimo de oportunidade. Então, fica aqui a minha dica: atente-se às tendências de comportamento do consumidor no mercado imobiliário. Quem seguir o caminho da demanda do cliente pode até não colher os frutos de imediato, mas terá o banquete servido ali na frente.

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Eduarda Tolentino é sócia e presidente da BRZ Empreendimentos. Ela é especialista em assuntos ligados a empreendedorismo feminino, liderança feminina no setor de construção civil, empreendimentos, construções, moradia, moradia popular, entre outros. Formada em Direito e pós-graduada em Direito Empresarial, Eduarda iniciou sua atuação na BRZ Empreendimentos como coordenadora do departamento jurídico e em 2015 tornou-se sócia e diretora comercial. Desde 2020, é sócia e CEO e em outubro de 2022 tornou-se também presidente do Conselho de Administração da companhia. Mãe de três filhos, atua pela equidade de gênero no mercado da construção civil, mais mulheres em cargos de liderança e, à frente da BRZ, para que mais famílias tenham acesso à moradia.
eduarda.tolentino@moneytimes.com.br
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Eduarda Tolentino é sócia e presidente da BRZ Empreendimentos. Ela é especialista em assuntos ligados a empreendedorismo feminino, liderança feminina no setor de construção civil, empreendimentos, construções, moradia, moradia popular, entre outros. Formada em Direito e pós-graduada em Direito Empresarial, Eduarda iniciou sua atuação na BRZ Empreendimentos como coordenadora do departamento jurídico e em 2015 tornou-se sócia e diretora comercial. Desde 2020, é sócia e CEO e em outubro de 2022 tornou-se também presidente do Conselho de Administração da companhia. Mãe de três filhos, atua pela equidade de gênero no mercado da construção civil, mais mulheres em cargos de liderança e, à frente da BRZ, para que mais famílias tenham acesso à moradia.
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